Chapéus e chapéus

Sem abrigo partidário
Já sabemos que na maior parte dos eventos organizados pelo Governo Regional, este ou o antigo, ou por si apoiados, nós o povo madeirense enfiamos o barrete na maior parte das vezes. E pagamos por isso mais tarde.

Barretes e “barretas”, bonés, chapéus e outras coberturas de cabeça. É sempre a enfiar. Umas vezes a enfiar o barrete, outras a apanhar bonés e outras vezes ainda a concluirmos que chapéus há muitos.

E por falar em chapéus, é para nós povo madeirense uma subida honra e um imenso e incomensurável orgulho, como se costuma dizer entre a gente fina, ver os nossos governantes assim a modos que quando usamos a expressão “vestir a camisola” a usarem o chapéu. No caso a usarem o chapéu tradicional madeirense.

Que bem que fica o senhor Presidente do Governo Regional e o seu chefe de gabinete e todo-poderoso Secretário-geral dos Renovados ma non tropo a usarem um boné de tecido de padrão regional, muito usado nos trajes das viloas, boné esse, em formato betinho, que, como todos sabemos, é uma coisa tradicionalíssima da Madeira. Bem que gostaríamos de os ver aos dois, e a outros distintos membros do governo e demais envolvidos e envolventes nas coisas da governação, a usarem, por exemplo, neste tipo de eventos o barrete de orelhas, o tradicional barrete de vilão, adereço que tão bem se adequa aos vilões e vilõezinhos que nos governam.



Por falar em chapéus, porque raio os turistas das bancadas de turistas usaram um chapéu de palha, quase de certeza palha sintética, com fitinha alusiva ao evento, que nada tem a ver com o tradicional “palhinhas” madeirense? E até os VIP, secretários regionais e representante da República incluídos bem como outros VIP. Quem terá ganho “balúrdios” com o negócio? O empresário do regime não tinha Made in Madeira? Se não há neste momento na Região ninguém que produza o “palhinhas”, ou se quem o produz é em pouca quantidade, ora aí está uma boa razão para o Governo, mormente, outra palavra de gente fina, a SRETC a reativar a economia local, criar emprego e salvaguardar a tradição apoiando os artesãos deste tradicional chapéu nem que seja através de uma start up num valley qualquer desta ilha. Este governo é um desastre a criar verdadeiras mais valias para a economia da região, acostumaram-se a "modernices" sempre ferrados nos lobbies.
Sim, jovens, todas as javardices que por vezes vocês ousam escrevinhar nos chats, já gente como o Pacheco escreveu e publicou antes de vocês nascerem. E sabem que mais? É Literatura, com H grande, porque algures, na escolha das palavras, na mesquinhice da vírgula, no arremesso alarve, na exclamação pela bosta de cão pisada, ele pertence a esse Olimpo." Luís Pedro Nunes sobre Luiz Pacheco