Embarque no terceiro mundo

A avaria de Segunda-feira do Lobo Marinho salientou as várias falhas que todos os dias ocorrem no serviço do ferry onde passageiros pouco informados e passivos permitem.

A falta de condições de embarque (abrigo), de processamento de bagagens e de segurança (bagagens e passageiros) que a empresa Porto Santo Line presenteia todos os dias os seus passageiros na Linha Funchal - Porto Santo são de terceiro mundo. Quem viaja no fim de dias assinalados, sabe também que não é por vontade própria que a única opção de assento é o chão, a menos que estejam a contar com os assentos dos bares e do convés. Hoje, pela boca do seu administrador, Sérgio Gonçalves, tomamos conhecimento que o a lotação do ferry é de 1.153 passageiros, o que levanta novas dúvidas.

A Porto Santo Line goza na Região de demasiadas facilidades e vistas grossas, caso contrário a subserviente APRAM já teria actuado por variadíssimas razões, até que um dia, por força maior (esperemos que nunca algo negativo) tudo tenha que entrar nos eixos por intervenção das autoridades internacionais. A Madeira tem sempre confusões em questões de ferries e há muita gente a ganhar dinheiro de forma abusiva. Talvez por isso se evite a concorrência com outras companhias mesmo com destinos diferentes e que iriam servir de comparação. É interessante como um enorme mamarracho (que para nada serve para além de sediar a APRAM) foi construído na Pontinha e estes passageiros do ferry estejam ao ar livre, sem WCs, sem cadeiras, sem abrigo, sem espaço, contíguo a instalações de combustíveis e ao movimento de carros, numa desorganização por demais evidente.
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