De olhos postos no PS Madeira






Com as eleições internas do PS-Madeira pairava no ar a preocupação dos militantes do Partido Socialista pela divisão do seu partido. Independentemente de quem apoiaram, não desejavam que o seu partido ficasse como o PSD-Madeira.

Durante todo este tempo, no PSD-Madeira, sobretudo o seu Secretário-Geral, Rui Abreu, esfregava as mãos de contente na perspetiva futura de fragilização do seu maior opositor e, contava já com a guerrilha interna no PS-Madeira para dividir, e assim manter-se a si e ao PSD-Madeira no poder.

Mas, não é que Emanuel Câmara e Carlos Pereira estão a trocar as voltas e estão a conseguir se entender, levando uma lista única para o próximo congresso do PS-Madeira? Muito bem. Parabéns aos dois. Se percorrerem o caminho juntos, pode ser que o povo da Madeira vos dê a recompensa.

O grande problema do PS-M foi nunca dar garantia de estabilidade na governação da Região Autónoma da Madeira. Ao conseguirem sanar as divergências e trabalharem em conjunto ganharão a confiança dos madeirenses e darão uma grande ensinadela ao PSD-M que, não tem conseguido unir os seus militantes para ser a resposta que os madeirenses precisam nos desafios futuros.

Tenham muita atenção, neste momento, todos estão de olhos postos no PS-Madeira, aproveitem-no a bem do PS e do povo da Madeira. O PSD-Madeira está em autogestão, sem norte, nem missão e muito menos liderança consolidada.

Deixo aqui um alerta - o poder é afrodisíaco e muda a essência das pessoas. Será que, neste processo, o sorriso “Pepsodente” não se deslumbrará com o poder? Será que Carlos Pereira terá a hombridade de se manter no rumo da unidade do Partido? Não cairá em tentação de desabafar na sua página de facebook? E quem no Partido Socialista está a ganhar gosto pelo governo absoluto? Envenenará quem está à sua volta para lambuzar-se sozinho no poder e afastar qualquer competente que se lhe atravesse no caminho?


Este é o momento em que o PS-Madeira vai definir o seu resultado eleitoral nas Regionais de 2019.
O costume português é deixar-se tudo em palavras mas palavras que são bolas de sabão deitadas ao ar para distrair pequeninos de seis anos."