Gripe C (de Cafôfo)


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Uma epidemia denominada politicamente por Gripe C tem vindo a fazer vítimas na política regional, trocando as voltas às farmácias partidárias que se mantinham cristalizadas desde a instituição da democracia em 1974. Nenhum dos laboratórios dos aparelhos descobriu ainda uma cura eficaz para esta doença que apresenta a desorientação, o medo e a perda de popularidade como sintomas iniciais e que pode, no limite, conduzir à morte política. Depois de Bruno Pereira e Rubina Leal terem contraído o vírus estando submetidos a cuidados paliativos no sanatório do Governo Regional, a mais recente vítima foi Carlos Pereira que se encontra internado na Assembleia da República com prognóstico reservado.

Com 2019 a pairar na cabeça de todos os entachados políticos, este será o ano para os treinos de qualificação que definirá a grelha de partida dentro de cada partido, sendo aceite por todos os concorrentes que a tal epidemia afastará do horizonte qualquer possibilidade de maiorias absolutas que actualmente está presa por 12 votos ou por uma birra saída do trio Miguel de Sousa/Eduardo Jesus/Sérgio Marques. A avaliar pelos sintomas que vão sendo publicados na comunicação social, é possível que este vírus já tenha infetado alguns elementos que acumulam todos os sintomas da doença, a começar pelo secretário geral do PSD Rui Abreu e pelo presidente do governo regional Miguel Albuquerque.

Noutras paragens experimentam-se vacinas para descartar lideranças comatosas, com o CDS a preparar um regresso ao futuro e o BE a ser tomado pelo homem de confiança de Pedro Calado. No PSD vão-se cozinhando acordos para as diretas de Dezembro com Manuel António, Pedro Coelho e Rui Marques a magicar uma poção conjunta de um cocktail de antibióticos para de uma assentada matar o vírus e o hospedeiro Miguel Albuquerque. O PS ajusta-se a uma liderança bicéfala, o JPP espera para ver no que tudo isto dá e a CDU ferve em lume brando.

2018 será o ano das decisões partidárias, 2019 será o ano das decisões populares. Do governo já ninguém espera nada até às eleições. Daqui até lá veremos muitas das ratazanas que ocupam lugares de nomeação política no Governo Regional a procurar um lugar no quadro de funcionários públicos para evitar a mais que certa porta da rua da amargura. Atenção aos concursos que aí vêm.

É do alto do poder da sua indiferença que os chefes dos chefes dominam o mundo."