O desafio do PS-M: a união




Depois da vitória de Emanuel Câmara à liderança do PS Madeira, muitos pensaram que Carlos Pereira estava arrumado. Apesar da sua personalidade, o homem tem o seu valor e se expurgado de alguns elementos que estão ao seu lado, com péssima imagem, os seus conhecimentos técnicos e experiência poderão ser uma mais valia para o novo PS-M que pretende ser governo com Cafôfo a líder do Governo Regional.

Estamos a viver uma fase que deve servir de experiência ao PS-M, temos um partido a governar que afinal vinha só com uma imagem de enfrentamento a um líder ditador, perfilado pelo quero, mando e posso, do qual o eleitorado estava farto e que os colocou em sérios problemas financeiros. Albuquerque, que vinha para mudar e redimir o PSD-M, afinal de contas era só uma estratégia de marketing com chavões sem conteúdo para ganhar mais 4 anos de poder, encher os amigos, os governantes caloteiros e empregar uma enorme e acéfala manada de incompetentes.

Se a política é basicamente economia aplicada, então sabemos que se Emanuel Câmara tinha a bagagem de Carlos Pereira teria uma imagem mais forte ao juntar mais empatia com conhecimentos e não só mero veículo de Cafôfo. Câmara foi eleito líder, o que junta as peças, os cacos, é um gestor de gente útil, à partida. Carlos Pereira teve uma jogada de mestre proporcionada por Emanuel Câmara que, ao apelar pela união do PS-M (ninguém sabe se um próforma ou de forma sincera), teve imediata resposta de Carlos Pereira que propôs então uma lista conjunta para a Comissão Regional a ser votada no congresso. O jogo parecia finalizado e com a bola entregue ao árbitro mas Carlos Pereira lembrou a Emanuel Câmara que tinha dado indicações para prolongamento e obriga-o a passar das palavras aos actos. A união agora está nas suas mãos e não nas de Carlos Pereira, o futuro será desenhado pelo novo líder, se decidir mal não poderá deitar culpas a ninguém.

Numa lista essencialmente de imagem refrescada, é tempo do PS não cavalgar o momento mas de se preparar para um eventual governo porque as hipóteses são muitas mas, isso veremos mais à frente, porque o PSD-M está de rastos mas não moribundo. Nos bastidores conta-se que Manuel António vem aí em força até ao próximo mês de Abril porque toda gente no seio dos social democratas sabem que o ambiente está hostil e caduco, onde nenhuma acção consegue reverter em capital político. O povo quer limpar o PSD Madeira do mapa porque mentiu em 2015, porque tem uma governação miserável e porque é sectário na governação. O PSD-M só pensa em si e nos seus quando afinal está no governo para governar para todos. Só uma grande transformação poderá criar alguma dúvida no eleitorado, só não sabemos se Manuel António será suficiente. Vem com quem? É que o povo já suspeita de tudo no PSD, ou melhor, não acredita porque tem uns chulos grudados que não largam, vivem do poder.