O limpa-neves de Verão

Foto João Santos

Deixem-me adivinhar, as almas já se estão a rir. Isto é um assunto delicado porque eu para receber umas luvas e comprar um iate para navegar na lagoa de lava do Havai tive que comprar limpa-neves para o Inferno. Fui tão corrupto que o infernómetro colou o ponteiro no roxo, as almas condenadas ao calor eterno rejubilaram e até ganhei um bónus de produtividade com um míssil balístico apontado a eles.

Este caso é diferente, é tradição nas insuspeitas instituições militares preservar os equipamentos como novos, tanto que existem carros da guerra colonial com 1000km, pode ser dos conta quilómetros de berbequim, diabólico. A raiz do problema começa pelo facto desta buceta da imagem pertencer à Força Aérea, é natural que façam confusão para manobrar porque não tem asas. Com base na preservação dos equipamentos, apostava que está escrito que só pode ser usado depois de 30 dias de isolamento, o que significa que vai ter uso na próxima era glaciar quando dizem que o planeta aquece. A Força Aérea diz que aquilo "é meu, é meu, é meu" e deixa os tristes que falham sempre, o Governo Regional, também sem um limpa-neves.

Não gosto do Inverno, gosto do Verão porque é quente mas também de todos os bichos do mato a me picar porque tostam, agora o que não suporto mesmo, vá de retro sua santidade, é apanhar um limpa-neves de frente no Verão, ai querido pai das trevas que me vou aos arames. Ahhhh porra, se saio no Verão para não aturar as mariquices dos anjinhos, da neve e do Natal porque me aparece um bisonte destes na pradaria? Huuumm?
Foto João Santos

Ao que parece, a burocracia é tanta que quando fica despachada a neve já derreteu. As experiências tidas para pôr a máquina a funcionar dizem que a forma mais rápida de limpar a neve é mesmo esperar que derreta. Leiam isto de 2016:

"Comando da Zona Militar da Madeira ... para poder ser utilizado ao serviço do Governo Regional “desde que requisitado para o efeito e o local a intervir reuna as condições para a sua operação”

"Alega a secretaria de Sérgio Marques que “o recurso ao referido equipamento está limitado ao uso militar ou então a situações de perigo iminente, operações de socorro e salvamento a pessoas e bens”, situação de segurança que lembra não estar em causa na referida ligação viária, uma vez que não garante o acesso a qualquer povoação."

Eu não gosto de ir para o céu mas há quem goste de ir ao Areeiro, populares e turistas, esta ilha com medalhas até aos tomates e que vive do turismo não deve ter os acessos aos pontos turísticos livres? Almas, para neve que nem tem centímetros. Não é que interceda por eles, porque esses cabrões apagam labaredas, mas como é para limpar neve, anjinhos e as lembranças do Natal não era de equipar os malvados bombeiros com uns fingidores de limpa-neves? Essa cabeça é só para dizer mal de Lisboa?

Vai para 6 anos que não se vê nem alma de limpa-neves da Força Aérea num Invernozito, alguém comprou um iate?







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