Bruxas na Educação

Enviado por Denúncias Anónimas
Sexta-feira, 27 de Abril de 2018 15:21
Texto e imagens enviadas pelo autor. Título do CM.

Fui sindicalista e por deveres de profissão a capa do JM de hoje (se publicarem hoje 27-04-2018) soou-me a familiar, um deja-vu. Fui aos meus arquivos e de facto descobri o que suspeitava. Não preciso de mais nada para deixar de ler o JM e vou provar porquê!

De facto,  quem faz a casa são os empregados, basta a sorte de termos uma boa ou má pessoa ou um bom ou mau profissional para termos ideias completamente diferentes da mesma empresa. Digo isto porque alguns jornalistas visados no passado por más práticas mudaram de jornal mas mantém os seus fretes.

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Os professores não são uma classe unida e também não são populares. Isto acontece porque da maneira como nos remuneram e as injustiças que foram cometidas ao longo dos anos com as nossas carreiras e vencimentos traça um perfil que, se não for bem explicado, parece que andamos sempre em luta sem razão.

Nós compramos do nosso bolso muitas vezes para que a escola tenha condições, levamos trabalho para casa como ninguém (e muitas vezes pensam que temos muitas férias), sofremos bullying e de burnout, temos muitas vezes que pagar a prestação da casa e da renda para poder ter emprego (sobretudo no continente). Sendo um elemento numa sala de várias pessoas com mais uma secretaria que trabalha para as maiorias e não para o ensino, somos o elo mais fraco. Raramente valorizam o papel do professor na sociedade.

Os políticos querem votos e então apoiam as facções que fazem maior número. É por aqui que ao longo dos anos os professores deixaram de ensinar, agora não se transmite conhecimentos, dá-se notas para estatísticas. Criam-se formandos com tendências para várias "doenças", hiperacção, deficit de atenção, etc, tudo para não dizer que a secretaria lhes incutiu uma cultura de facilitismo onde é o professor que se esfola para que eles tenham sempre mais uma oportunidade. Estamos a perder tempo, porque o expediente é usado para a moleza que deixa sempre para a última das últimas hipóteses para safar com o mínimo de energia despendida. Os melhores marcam passo, estamos a nivelar por baixo.

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Os professores deixaram de ensinar porque os alunos não chegam respeitadores, vêm com a "escola" dos expedientes e do espertismo toda, sabotam as aulas e os professores nada podem fazer porque a secretaria apoia a indisciplina burocratizando a autoridade dos professores.

Assim, país, secretaria e até jornalistas interessados nesta vertente disfarçam os imensos problemas e a promiscuidade na Educação que deveriam combater. Com tempo, veremos o erro enorme na sociedade. Já vamos vendo.

É completamente caricato combater o ensino desta maneira porque a profissão de professor perderá adeptos e o conhecimento será difícil de se transmitir. É injusto salientar faltas quando não se corrige o que os leva ao desespero. Em vez de se falar em faltas dos professores, completamente esgotados, para lhes criar mau nome num acto vil e populista, a comunicação social deveria se dedicar em saber quantos professores do partido do poder pedem comissões de serviço ou alternativas para fugir a esse mesmo ensino que promovem. A surpresa dos números seria grande. Esses sim condenáveis. Os maus não são os que aguentam as pontas e ainda ensinam mas sim dos que fogem e inquinam. Aqui já relataram parte dessa porcaria.

E agora vem o que pretendo dizer. Andam por aí uns jornalistas, talvez amigos dos assessores de imprensa no governo, que talvez já fizeram o mesmo trabalho, que são uns cabrões! Estão ao serviço da política e não da informação por isso, periodicamente, lançam distracções sobre a condição dos professores para tirar a atenção sobre o rumo certo para denúncia de toda a porcaria que existe na secretaria. Estamos sempre a repetir o mesmo, tenho mais provas mas publicarei só as últimas. Agora falo livre de represálias em favor dos meus colegas no activo. Este secretário é nojento e o JM é de novo um Jornal da Madeira ao serviço do poder. Protegem a porcaria. Leiam e ampliem por favor os recortes de imprensa
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