A verdade ou o descrédito

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Hoje o DN traz uma lufada de ar fresco, lido o fact check fui ver quem tinha escrito a peça e pronto, está esclarecido. Dos poucos que a cada intervenção mostra coragem e de estar a cumprir com a profissão. Ao folhear o DN todos os dias, fixando nomes de jornalistas e abordagens, sabemos o que a casa gasta. É importante fazer esta triagem porque neste momento os jornalistas vendidos estão marcados, alguns aceleraram tanto o seu processo de pacificação com o poder que até parece feio. Mas, tal como vivemos esta tranche de vendidos, conviveremos com outros proximamente quando se pede tão só ao jornalista que seja imparcial através do contraditório, não se esquecendo de dar todas as notícias que definem o momento. Se determinados jornalistas fossem taxistas, dariam uma "ganda bolta" para render no taxímetro, ou nunca chegaríamos ao destino. Não compramos um jornal para obter manipulações, omissões ou mentiras, compramos para obter informação idónea. Se os donos não protegerem essa idoneidade, a viabilidade acabará quando deixar de ser credível para ser "comprado", ou por interessados em informação ou interessados em manipular. O fio da navalha deve permanecer com agruras, nem para um lado nem para o outro, no ténue equilíbrio da verdade e a viabilidade.

Ora o CM, que muitos dizem ser tendencioso e contra o governo, só chafurda na porcaria que há, ou seja, se tens uma oposição calada e governo em verborreia, se tens uma CMF financeiramente a cumprir e um governo despesista rumo à segunda falência só para ganhar eleições, já podemos daí retirar as nossas incidências. A principal acusação factual ao Cafôfo é que está demasiado calado para questões importantes e pode nos estar a enganar mas, ainda não consumou e até pode surpreender. Agora Albuquerque e seu governo ... meu Deus!

Não estamos para floreados, estamos para o concreto. Estas confusões políticas de que está sentado ou de pé valem corno para o povo. A política que vê um sentado com todos os outros deputados também e os sabujos de pé é uma inversão da realidade só discernida pelos que lá estavam.

O que queremos exposto no CM é o que não é de domínio público nem os jornais conseguem dizer e que faz diferença ao povo e empresários fora do regime, pormenores como os prazos de pagamento a fornecedores que estão a ampliar e que houve aflição para pagar ordenados da última vez na Função Pública. Anda tudo desconfiado com o circo que aí vai. Daqui a nada a Felisberta está na Rotunda para pagar mais uma falência.

Tal como fazemos notar os fretes de muitos é de louvar a coragem de dizer a verdade no artigo de hoje sobre o Vice-Presidente do betão, dedicado a negociatas para o seu patrão mas que se vende como salvador do caos, da injustiça e da anarquia instaladas na Função Pública mas onde até "saco azul" tem para o seu gabinete ganhar melhor. Daqui se percebe porque no segundo convite o ordenado já lhe satisfazia, sem sequer perguntar se ganha à comissão nas adjudicações.

A campanha do PSD-M assenta em como chegar ao "pote" que o habituou durante 40 anos a trazer boa vida a alguns, enriquecimento a outros, a usar o erário público para usufruto da classe dominante, a emprego ao Jet7, à promoção de idiotas, etc. Isto vai mal e não pode ser abafado. Se a comunicação social faz este frete a pergunta que se fará de novo com nova falência é: - caramba, outra vez e não viram nem suspeitaram de nada? 

O medo tem limites e o quarto poder serve para moderar e trazer a verdade quando na Assembleia Legislativa Regional nada se fiscaliza, à parte de termos uma creche onde os fedelhos se divertem e os que entram na puberdade mandam bocas de machões com meia dúzia de pentelhos. Precisamos de verdadeiros políticos e verdadeiros jornalistas, quando aparecem é de elogiar, o fact check de hoje foi de coragem.