Balanço do Circo Parlamentar


Foi zero a produção legislativa própria, em benefício dos Madeirenses, nesta "assembaleia" que dizia que ia mudar tudo.

As promessas foram muitas, mas na prática os problemas sociais, económicos e transportes  mantêm-se, o flagelo da saúde agravou-se, a divida aumentou. Muita conversa, nenhum acerto.

Havia uma grande necessidade do PSD em mostrar mudança e renovação mas, efetivamente o ano parlamentar provou que tudo continua igual, ou talvez pior que anteriormente, betão mais betão igual a cifrão. Debates de piadinhas sem ideias.

Os compromissos financeiros assumidos para os próximos anos, sobretudo a amortização da dívida, agravam o equilíbrio das contas e comprometem o nosso desenvolvimento. Dois dados ilustram esta situação: toda a receita de IRS paga pelos contribuintes madeirenses, este ano, vai para o pagamento dos juros da dívida; a Saúde e a Educação absorvem já 80 por cento de toda a receita fiscal, deixando pouca margem de manobra ao Orçamento. Não é que a Saúde e a Educação absorvam demais, é o clima económico que ao contrário do que disfarçam não cria riqueza e o CINM não dá o justo quinhão que a Madeira deveria ter. Um privado é que leva a fatia de leão.

Por outro lado, o debate parlamentar, tem pouco eco junto da população. A cobertura por parte da imprensa é muito limitada e em alguns casos tremendamente censurada, o que dá uma visão errada da realidade que nos rodeia. A actual composição da Assembleia é fraquinha mas a imprensa também só dá o que o leitor quer, fait-divers.

Quanto à oposição a maior parte dos partidos e deputados estão acomodados ao conforto do parlamentarismo lobista, não estão interessados em levantar muita poeira porque o sistema, tal como está, lhes serve bem, vejamos:

A bancada do PSD mais parece os "meninos do coro" onde andam todos em fila atrás de J. Filipe Ramos a mando do pai com escritório de apoio em edifício defronte da "Assembaleia". Contínua a mandar nisto, precisamente porque temos um Presidente do Governo financeiramente combalido, o que o torna mais vulnerável às pressões, não esquecendo que deve o seu cargo e a sua sobrevivência politica ao Sr. Jaime Ramos, "o seu financiador  no Golpe de Estado” a Jardim. O Carlos Rodrigues, coitado armado em "Pastor Alemão", bem que tenta latir mas nem para isso tem jeito, ter pedigree por si só não é suficiente, um fiasco total. A chegada dos secretários perdedores não acrescentou nada ao debate.

No PS temos um presidente em "fim de prazo", veremos dentro de dias, fala dos outros como se fosse uma alternativa credível e honesta, esquecendo-se que chegou a perder o mandato de deputado na ALRAM por não ter apresentado a declaração de rendimentos exigida pelo tribunal, grande honestidade. Mais, ele que diga quanto tempo é que levou para se filiar no PS sendo já deputado. O mais grave é ser dominado e mandado pelo Jaime Leandro o "cão de fila".

O CDS, o partido do táxi, é de "bradar aos céus" com um presidente elitista e pouco popular "com o rabo preso" ao Lino Abreu condenado pela justiça. Vai acabar mal, já tem José M. Rodrigues à perna, com sede de poder, pena ser mais um defensor dos lobbies dos Sousas a quem deve favores e que já o meteu pelas canas dentro nas últimas regionais porque o povo não vota num partido com Sousas. Mais do mesmo.

O BE, com dois oportunistas agarrados ao tacho, a lei interna é "venha a nós o vosso reino" e não fazer muitas ondas para se manter, "uma no cravo outra na ferradura". Para alem disso, estão a "milhas" do bloco nacional onde trabalham com afinco e rigor. É urgente uma mudança Regional.

A JPP, tirando o Carlos Costa que a sua idoneidade e sentido humano é relevante, os restantes ainda não acordaram ou não querem acordar. A cor verde assenta muito bem.

O PCP é um "bluff", com tanto pano para mangas e não sabem costurar, ainda assim, atenção à deputada, tem pernas para andar ... se não cortarem.

O Gil e a Coelhona "mais tiro, menos tiro" a caça as bruxas continua, mas que não se esqueçam que nas Autárquicas venderam-se por um tostão. Aquele espumar de boca contra o Cafôfo faz as pessoas desligar. Ninguém acredita em oposição que facilita o trabalho ao PSD quando precisamos de mudar.

É sempre tudo igual e tão funesto, as figuras da política pensam em si e não que representam o povo, sem querer ter consciência, vivem do trabalho de rapina sem pensar no empobrecimento geral da sociedade, razão da sua existência. Do povo só lhes interessa continuar a viver às suas custas.

Nota Final:
Estou expectante para ver o Albuquerque receber o novo presidente do PSD, Rui Rio, na "quinta do vigia", acompanhado pelo seu mandatário Cunha e Silva que em boa hora desalojou a Rubina em mais uma tentativa de sobrevivência política.