O lexicólogo do DN não percebe nada de futebol. Ao contrário do que afirma na edição de domingo, 21 de Janeiro, “NO FUTEBOL: QUANDO UM JOGADO (deve querer dizer jogador) FAZ A BOLA ENTRAR NA BALIZA ADVERSÁRIA DEPOIS DE A TER FEITO PASSAR POR CIMA DO GUARDA-REDES” é um chapéu e não uma chapelada.
Para além das definições que o lexicólogo dominical publicou, a palavra chapelada tem a ver com o facto de antigamente, quando alguém fazia uma coleta com objetivos filantrópicos, usava um chapéu que circulava entre os circunstantes e no final ficava com o dinheiro para si. Tinha dado uma chapelada. Ou então no tempo dos caciques, esse tempo não assim tão longínquo, estes colocavam o chapéu em cima dos votos e recolhiam-nos para expurgarem os votos contra e mostrar um resultado de feição. Agora na gíria futebolística chapéu é mesmo chapéu. E como dizia o outro: - chapéus há muitos! ... nem me atrevo ao resto da frase. Chapeladas, também, de vez em quando. E lexicólogos também há muitos. (DN, 21.01.18, página 48)