Não conheço ninguém que goste da sogra! A realidade é que casamos com a filha mas temos que aturar uma velha ranhosa que, para mal dos nossos pecados, tarda em azougar.
Não é mentira nenhuma que as sogras são famosas por meter o bedelho em tudo. Além de preferirem um genro rico que permita sustentar a filha, querem mandar e ser as donas da casa. E é por isso que as Sogras escolhem sempre o pretendente mais ingénuo que nunca ponha em causa quem governa lá em casa.
Embora se diga, que entre marido e mulher não se deve meter a colher, na realidade quem quiser ser feliz em 2019 terá de contar sempre com a sogra. E o grande problema da vida é que podemos sempre escolher a nossa paixão, mas nunca a sogra.
Nesta história de amor e paixão conta-se a história de um jovem acólico (*) que viu finalmente a oportunidade de ser feliz para sempre. No entanto, antes da presumível noite de núpcias, terá de conquistar primeiro a sogra para depois escolher uma das filhas para casar.
E já que a lei portuguesa não permite a poligamia, o pretendente vai ter de escolher entre a paixão antiga, que já tem fama de desterrar dinheiro, e de andar metida com um empreiteiro e com um estivador num menage à trois, e a outra feinha, que jura, por todas as alminhas do céu, que ainda é virgem.
Entretanto, nas catacumbas da Igreja da Rua dos Netos já há quem garanta que já existe um acordo pré nupcial, tipo irrevogável, com a Sogra para um casamento de conveniência. Pois mais vale um pacto de sangue com o diabo do que ver aquela outra rameira na Quinta Vigia a dar ração rasca do Continente à pobre da Sissi.
Nesta coisa de corações destroçados, lá diz o povo que quem casa quer casa, por isso aconteça o que acontecer, o melhor mesmo é nunca ir viver para a Casa Da Sogra!
(*) Acólico que sofre de acolia, não confundir com alcoólico.