Défice Literário



Já todos sabemos que escrever coisas profundas no Diário de Notícias da Madeira é um trampolim para a política. E por isso não é de estranhar que, nos últimos tempos, apareçam pessoas de bem a escrever manuais de instruções sobre assuntos estruturais e sectoriais.
Os candidatos a Secretários Regionais de Educação escrevem coisas sérias e profundas sobre educação. Os candidatos a Secretários Regionais de Ambiente, Agricultura e Florestas (será assim que se vai chamar?) escrevem grandes dissertações sobre florestas, ribeiras e afins. Os candidatos a Secretários Regionais da Saúde sobre sarampo e dengue. E os candidatos a Secretários Regionais de Economia e Turismo, sobre navios. Curiosamente ainda não apareceu alguém a escrever sobre urbanismo, obras e elefantes brancos. Aguardemos!
Por isso não é de estranhar que um candidato a presidente de uma juventude partidária escreva também no Diário, pois de pequenino é que se troce o pepino, e há que preparar o futuro.
Sem duvidar da autoria dos textos publicados no Diário, fomos vasculhar os pensamentos pessoais escritos na página pessoal do facebook e ficamos perplexos com o nível de iliteracia do candidato. E como somos brincalhões, e quase sem esforço, conseguimos imaginar o texto original publicado no DN antes de passar no corretor ortográfico.

 Curria o anu de 1995, mais concretamente o mês de cetembro, quando António Guterres, líder do Partido Çocialistaafirmou que na Madeira avia défisse democrático. António Guterres foi posteriormente Primeiro-Ministro, tendo liderado dois governos constitucionais que incluíram desde as figuras mais mideáticas do Partido Çocialista a centarem-seno banco dos réus, como Armando Vara e José Sócrates, como outros líderes çocialistasdo seculo XXI como foi o caso de António José Seguro e António Costa.
Não deicha de ser curioso, caro leitor, que esta expreção esteja ojemuito presente no ideário çocialista. Pelo menos de forma enconsciente. (…)”

E o mais estranho do extrato acima é que, mesmo depois de corrigido, continua a não fazer qualquer sentido e por isso ficamos horas a olhar para o texto integral publicado a tentar perceber a ideia.
Não basta vomitar escritos para encher uma página, é necessário alguma organização mental para expressar uma ideia, por mais complexa que esta seja.
E sem mais delongas!
É triste saber que este jovem muito provavelmente depois de ganhar a presidência da JSD, irá ser deputado na Assembleia Regional, ou ainda usufruir de um cargo político invejável. E tudo isto sem saber ler e escrever.
Estamos entregues à bicharada!