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O senhor pedro calado só visita empresas do regime, seus assessores não conseguem que mais ninguém aceite? Há dias com o Secretário de Estado da Internacionalização enfiou-o logo na mais carente empresa regional de internacionalização, a do seu patrão. Seguindo a teoria de trabalhar muito mais para ter sucesso, com uma cenoura sem rendimento, naquele enquadramento em que os madeirenses perderam ordenado mas ele não pensa em repôr mas sim que trabalhem para além da hora, Pedro Calado visitou uma empresa ícone da sua teoria, a Serlima. Calado foi bater palmas a uma empresa de regime, mais uma em que as adjudicações são certas e das que mais abusa do trabalho temporário, explora funcionários e paga mal. Eles adoram a sua ideia sobre os funcionários não terem horário de saída. Todos os tachistas do PSD-M deveriam experimentar trabalhar lá em vez de desejar um El Dorado na Função Pública, naqueles postos de trabalho sem utilidade ou produção. Pedro Calado não é o Vice-Presidente de todos os madeirenses e de todas as empresas, segue a falta de visão política.
Edgar Silva do PCP parece que anda com medo do BE, e tem razões, a par da JPP são os partidos que estão a crescer nas sondagens regionais. Nem é preciso um desenho para se entender qual foi, de todas as posições relativas ao caso das viagens dos deputados madeirenses na Assembleia da República, a atitude mais idónea do episódio. Ignorou os outros que criam jogo e promovem opiniões em defesa para permanecerem no doce e chorudo lugar de deputado. Ao focar-se em Paulino Ascensão e no Bloco de Esquerda, Edgar Silva mostra que nunca evolui e só trata do seu reduto, coisa que o satisfaz mas, os militantes vão morrendo, vão se desapegando e o PCP definhando nos seus dogmas que não se adaptam à modernidade e à actualidade. O PCP não inova, não refresca e seu medo é infundado porque neste momento o BE está a ir buscar mais simpatizantes ao seu lado direito, até porque no esquerdo nada é aliciante nem vale o trabalho.
O Edifício 2000, desalojado dos Correios de Portugal, estava na mira do Grupo Vila Galé para um hotel. O negócio estava fortemente sinalizado quando Miguel Albuquerque interfere e inviabiliza o negócio, por ventura com alguma palavra não vinculativa a ter efeito devido à cedência de um pavilhão do Tecnopólo aos Correios. Aguardam-se novos desenvolvimentos, espera-se que mais uma vez o presidente interfira onde não deve, na sã liberdade da economia se quer que ela seja realmente pujante para todos. Não basta as adjudicações e concessões do Governo, agora já chegamos à área privada. Aguardemos para ver quem fica com o Edifício 2000, vai uma apostinha que será para os de sempre? E querem que alguém de fora surja na hotelaria, nos ferries, nos negócios, num arquipélago tão condicionado, promíscuo e corrupto? Há mais mundo, não precisam da Madeira.
Jorge Vale teve dos episódios mais tolos da semana, na ânsia de conseguir qualquer coisinha para atirar a Cafôfo mostrou que é um ignorante da social-democracia, aliciado pela adesão a um partido que lhe pode dar carreira. São destes Renovadinhos que nasce o desaparecimento dos votos social democratas, é que Jorge Vale foi um comunista chapado com a sua teoria sobre os lucros. Não viu qualquer redistribuição da riqueza para benefício de toda a população. Não ouviu a parte da aplicação dos lucros. Mostrou claramente a escola Passista que não deu resultado. Se a CMF está a usar ou não o sistema Centeno, o certo é que vai dar ao mesmo, um PSD que não sabe trabalhar nem técnica nem politicamente, e uma Confiança que, pelo menos ao nível financeiro, dá baile ao historial de PSD-Madeira naquela câmara.
O vereador João Pedro Vieira parece que anda embevecido e se leva muito tempo, quando se der conta, será tarde. É por ventura mais um que não entende a dinâmica das pessoas necessitadas e humildes que andam nos biscates para poder sobreviver. Essas marginalizadas da vida pujante de quem anda nos partidos e com acesso fácil às oportunidades. Se as suas intenções com as feiras prosseguirem, queimará tantos votos ao Cafôfo como Jorge Vale ao PSD. Lamentavelmente saímos da política de ratas velhas abusadoras para os políticos pueris que, com um canudo, julgam conhecer a vida sem qualquer experiência prática de lidar com o povo e outras realidades. Não é preciso muito para ver através da insensibilidade da demora em decidir, de preferência bem, como não faz ideia do que se passa realmente nas feiras ao nível da necessidade e da pobreza envergonhada.
É o coração que faz o carácter."