Em breve, chamuças !!!



Caros eleitores, se observarmos com atenção a atuação dos políticos experimentados ou sem experiência, criados nos aviários das juventudes politicas, de qualquer um dos lados e posições, parece que estamos a ser representados por doidos. Atuam como se estivessem perdidos e não sabem o que mais irão fazer para iludir os eleitores. 

Raramente se observa uma atuação digna de respeito. Só há jogadas atrás de jogadas com vista a aparecer primeiro com a super ideia, mesmo que a mesma corresponda a pouco mais que nada, e muitas vezes a nada de nada.

Apresentam grandes verdades, que pouco depois são desmentidas, estudos de estudos, pagos de forma extraordinariamente urgente, com elevados custos para todos nós, para muitas das vezes nem serem publicados ou utilizados. Fazem comunicados e comunicações com erros técnicos e ideias copiadas, que não têm conteúdo, pois não foram compreendidas quando as copiaram, mas tudo lhes parece normal. A cegueira da arrogância é terrível. Só comparável ao atrevimento da ignorância.

Uns, gerem silêncios oportunistas de forma a não ficarem de fora na próxima seleção, outros, gritam bem alto de forma (oportunista) para não ficarem de fora dessa mesma seleção. 

Paradoxalmente ambos aspiram a serem selecionados porque ninguém lhes tira da cabeça que são o melhor para nós! Ninguém lhes tira da cabeça é que os lugares são bem pagos e fazem de tudo para lá chegar e muito mais para de lá não sair.

Outros, aspirantes a lugares de liderança, gerem os seus argumentos e ideias como se o mundo fosse muito complexo para as pessoas simples, nós os eleitores. Apresentam-se como detentores das tais competências para assumir seja o que for, quando na verdade são uma tristeza. Fazem discursos balofos e sorrisos de encher a vista, em perfeita dissonia com o que pensamos e precisamos para o nosso futuro. 

Podíamos renovar? Poder podíamos, mas seria a mesma coisa. 

Podíamos tratar de os mudar, mas as alternativas não me inspiram confiança! Onde andarão os estadistas visionários, os políticos empáticos, os que pensam e decidem para o desenvolvimento e bem estar dos seus eleitores?

Tenho esta sensação de que me apresentam sempre um menu politico, com pratos à nossa medida, que depois se revelam o típico prato do dia. Bem elogiado, mas concebido com o que há de mais barato e em grande quantidade no mercado. A qualidade raramente está presente. 

Uns, querem servir o prato populista, que se sabe ser repetido nos dias certos da semana. Dá segurança, até pode dar, mas não traz nada de novo. Dá cá um fastio. Outros, dizem ter cozinha de autor, copiam e disfarçam o populismo, tipo cozido à portuguesa sem enchidos, só com alguns a encher-se. 

Distraí-mo-nos durante um tempo e logo voltamos ao mesmo, ao prato do dia, muito pior, pois fomos
enganados. Da malta elitista da lampreia aos populistas do arroz de lapas, temos corrupção, perseguições, saneamentos polidos, silenciamentos criminosos, destruições de imagem na comunicação social, perfis falsos nas redes sociais, sem duvida que estamos a viver uma fase menos boa da sociedade politica regional e nacional. 

Tudo isto passa ao lado da grande maioria, anestesiada pela euforia, criada pela excelente gestão de expectativas das agências que comunicam todos os dias as miragens dos aumentos de ordenados, das pensões, os descongelamentos e as progressões. Uma alegria adiada, sustentada na esperança de que isto agora vai melhorar. 

Os membros do governo regional serão os únicos que não perceberam que estão a ser tratados como se fosse um bom pitéu indiano? 

Em cozedura lenta, o primeiro ministro prepara os franganotes dos nossos governantes para serem servidos em 2019. Sairão deliciosos Tandoori chicken e Chicken Tikka para a Quinta Vigia, entregues de lambreta. Ah, para entrada uma bandeja de chamuças, bem picantes e umas quantas vegetarianas. Ficará decretado que o croquete e a espetada já não entrarão.

Para melhorar é necessário que um conjunto de homens e mulheres, longe desta mediocridade e ganancia, queiram avançar para fazer a diferença, usando a força do voto, a inspiração nos valores da democracia e nas virtudes da justiça.
"Vós suspirais pela posse 
Das externas perfeições; 
Vós cobiçais os deleites, 
Eu cobiço os corações.”