Ferry ou napalm?


Quando olho para as mudanças do Caderno de Encargos do ferry, a se moldar a cada insucesso, chego a pensar que até parece um concurso para admissão de pessoal onde deve constar as medidas do corpo do feliz contemplado para um fato à medida. Também penso no velho jarreta que não se adaptando aos novos tempos, não pedindo desculpa por empobrecer os madeirenses, querendo mais branquear o seu mandato do que dar razão às evidências, pede que o jogo seja moldado à sua figura como que se o político não devesse moldar a sua acção às necessidades e opiniões da maioria dos cidadãos livres que consumam uma democracia pelo voto.

O poder na Madeira tem instintos de propriedade quando é só usufruto.

Não exigir tempo de permanência para re-amadurecer o negócio, deixar que venha um chaço que traga más experiências no tempo de viagem e soluções de auto-estiva são, paulatinamente, comprometer o resultado do caderno a caderno, insucesso a insucesso após insucesso, numa solução para tentar ganhar eleições e cair noutro mandato sem esse compromisso.

Aqueles gritos na Assembleia de macacos amestrados e traquinas, que pregam moralismo e lisura sendo os maiores bacamartes a disparar podridão, a par de um secretário que foi incompetente, formam este ramalhete de maus políticos que lutam pela sua sobrevivência e não para servir o povo. Pintam telas de uma realidade que não existe, para satisfazer o cliente que mandou pintar a obra, o velho jarreta, o lobby e a aflição política.

Por outro lado, neste reino de desavindos e interesses promíscuos, esperemos que a acomodação de intenções políticas e empresariais que querem enganar o povo, que estes não tenham que ver um pretendente Cafôfo a se juntar ao napalm da terra que, condiciona a economia deste que assumiu o oligopólio dos portos. Napalm é um gelatinoso que a tudo gruda e arde, até as esperanças do povo. Se isto não for esclarecido, entraremos numa era em que ninguém acredita em ninguém e todos votam para não haver maiorias com as forças que são sempre veículos de empresários chulos da dita Madeira Nova com todos os laivos da velha. Os mesmos senhores dominam tudo.

A um ano das eleições, se a decência não chega, este meandro de jogos de guerra e do mata-mata será reduzido a cinzas porque o povo também pode usar napalm e tem nas suas famílias mártires destas acções políticas. O povo não quer PSD e PS reféns de lobbies, se não entenderem viva a JPP e o BE, porque os que só servem para destruir quando queremos um governo para nos devolver a vida, também não contam. Quem construir para o povo que vota, livre de jogadas porcas, deve ser compensado para dar lições aos outros. Isto é verdade agora como mentira amanhã, é o elevador da política, e vai abaixo e vai acima, bêbado quem nem um cacho. No CM temos napalm para todos.

O que estes bandalhos fazem do mar num país de marinheiros.

Não há alma sem corpo, que tantos corpos faça sem almas, como este purgatório a que chamais honra: onde muitas vezes os homens cuidam que a ganham, aí a perdem."