Não há fumo sem fogo, e diga-se, o que se disser, existem pessoas que ficam marcadas para a vida, pelo bom ou pelo mau que fazem, e a Pedra não é exceção. A Pedra está definitivamente marcada pela confusão dos Portos, o pai trabalha lá, o marido trabalha lá, e ponto final. São donos de parte do império que suga em monopólio. Tudo o resto, é o que se conta, e o que se sabe.
Factos são factos, e a circunstância de ser, ou deixar de ser, uma excelente economista não branqueia a sua independência, e as suas relações empresariais nebulosas não garantem a idoneidade necessária a qualquer cargo político.
Todos somos ambiciosos, e a Pedra, como qualquer ser humano, tem esse direito, e por isso é natural ter pretensões políticas para outros patamares. Já tentou com o PSD renovado de Albuquerque, mas não teve sorte nenhuma; e esperta como é, virou-se para o outro lado da cama, onde encontrou o Cafôfo.
Cafôfo, ou é ingénuo, ou é um idiota, pois ninguém pode ser simultaneamente as duas coisas. Ou Cafôfo sabe mesmo o que faz, ou está a se meter num jogo perigoso, porque quer a qualquer custo, obter apoios que o coloquem rapidamente no poder, nem que para isso seja preciso fazer um pacto com o Diabo.
Com tudo isto, Cafôfo corre o risco de se enterrar vivo, pois ninguém pode estar a bem com Deus e com o Diabo. Cafôfo está a se esquecer do povo anónimo que vota, pois ninguém, por mais estúpido que seja, vai entregar o seu voto, de mão beijada, sem garantias do que aí vem. E o povo começa já a duvidar se Cafôfo está mesmo ligado ao Cartel dos Portos e ao das Obras, pois hoje em dia, não chega parecer ser honesto, é preciso sê-lo!
A rir-se destas ligações perigosas está o PSD de Albuquerque que começa a ver uma luz ao fundo do túnel com as bacoradas do Cafôfo.
Definitivamente, Cafôfo tem uma Pedra no sapato.
O diabo é subtil, e onde não pode entrar com a cabeça mete a cauda.
Tasso,Torquato