Binter vs Lobo Marinho vs TAP vs Armas

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Enviado por Denúncia Anónima 
Sexta-feira, 10 de Agosto de 2018 09:31
Texto e título enviados pelo autor. Imagem e vídeo colocados pelo CM


Bom dia, ponho à discussão o seguinte:

A Binter ganhou, ficamos contentes e agora aos poucos vai esmorecendo. Quando vi um avião maior esperava que os preços baixassem a um ponto que, por diferença que valesse a pena, eu fosse de avião e em 15 minutos estava no Porto Santo.

O tempo foi passando e começo a achar a Binter um flop porque os preços não baixaram e porque agora temos a novidade dos cancelamentos. Quem trabalha nos transportes para nunca resultar? Agora põe-se a seguinte questão, quase de certeza que os madeirenses estão relutantes em usar o serviço aéreo pelo preço devido ao poder de compra que têm e assim preferem o ferry Lobo Marinho.

A pergunta que se põe é se no caso do continente, mesmo com a distância de um dia de viagem e de ser para Portimão, se o povo não vai preferir o navio. Acho que a procura tudo tem a ver com os salários que a maioria do povo da Madeira tem mas depois anda-se a discutir politicamente sem ir ao cerne da questão.

Há dias ouvia o António Trindade na RTP-Madeira e tomei conhecimento de novas situações que não tinha pensado, o homem é arejado deste mofo que nos rodeia nos transportes.

A ideia do homem é naturalmente "alimentar" os seus hotéis com alternativas e aderiu à necessidade de termos ferry para o continente durante todo o ano. Isto faria com o ferry competisse na mesma situação actual da Binter com o Lobo Marinho. Com um subsídio de mobilidade igual ao que existe para o avião (revistas as palermices) íamos ter preços mais baratos para o povo e turistas, logo o ferry teria o mesmo sucesso que o Lobo Marinho com o benefício do Estado também pagar bem menos porque o subsídio entregue ao passageiro seria inferior porque as passagens teriam um preço total inferior, portanto passageiro e Estado pagariam menos. Outro pormenor interessante parte de uma ideia que acho que todos temos, se o navio tivesse como destino Setúbal ou Lisboa teria mais passageiros, será que mais algumas horas de navegação não compensavam em conforto a despesa para subir por via rodoviária? Ou faríamos duas escalas? Uma em Portimão e outra mais para a capital? Interferia na operação?

De qualquer forma, apesar de não parecerem concorrentes, o preço e a disponibilização de mais de um milhar de lugares por viagem com certeza ia retirar passageiros à aviação numa primeira hora até que as obrigasse a baixar de preço. Se não sucedesse, aí todos os madeirenses diriam mas então não era a lei da procura e da oferta? Acho que para o caos que está no Aeroporto de Lisboa o Governo da República até poderia ter uma outra forma de encarar o ferry, para mitigar esses problemas e justificar mais apoio ao ferry.