Segundo noticia no DN-Madeira, a Associação de Indústria e Construção da Madeira (ASSICOM), presidida pelo ex-deputado Jaime Ramos, alugou os espaços do Madeira Tecnopólo entre 2004 e 2010. Realizou diversas feiras e criou com uma divida de 488 mil de Euros (arrendar pavilhão, serviços vários, água, luz, etc ). O processo foi para as instâncias judiciais. Em 2016 o Tribunal decidiu que a ASSICOM teria de pagar a dívida.
Grande surpresa. A empresa pública Madeira Tecnopólo, SA deixou passar o prazo de dois anos, o que levou, agora, o Tribunal da Relação decidir que o prazo prescreveu.
A ASSICOM livra-se de pagar ao Madeira Tecnopólo cerca de meio milhão de euros, naturalmente com vantagens para alguém. Os suspeitos do costume? Sim. É crucial compreender quem são os verdadeiros responsáveis de queimar sistematicamente milhões do povo sem qualquer punição.
O Madeira Tecnopólo é uma empresa pública da responsabilidade de que secretário regional? Do secretário regional de Educação Jorge Carvalho e da sua equipa. São responsabilidades politicas e criminais quando agem com este nível de negligência.
Compreende-se agora porque em tempos este secretário perseguiu a administração do Madeira Tecnopólo até acontecer a demissão dos seus elementos. Posteriormente, nomeia para a gestão Madeira Tecnopólo um dos melhores amigos e das relações intimas da sua chefe de gabinete, Sara Relvas.
O poder do clã Ramos tem revelado aqui um elemento chave: Jorge Carvalho que atribui benesses aos ricos e às elites e assim ganha a perpetuação do seu desastroso mandato. Investigue-se.
É criminoso este comportamento sistemático de Jorge Carvalho, com a cumplicidade do governo regional. Beneficiar por negligência e sem pudor os amigos de Alberto João Jardim, os empresários do PSD e outros com interesses partilhados com Jaime Ramos e afins. O poder de intervenção deste secretário com poderes atribuídos por Miguel Albuquerque, revela que este é um simples fantoche preso pelas dividas, que Jorge Carvalho se encarrega de fazer cair e pagar com o nosso dinheiro.
Por ordem do secretario de Educação são milhões para o ensino privado, para o desporto (sem retorno comprovado) e deixa cair a escola pública, com fusões e extinções sem lógica, para beneficiar os capitalistas do seu circulo de amigos.
O processo da Escola Hoteleira da Madeira é mais um exemplo. A Educação sempre envolvida direta ou indirectamente nestes mistérios das prescrições. Quantos problemas da área da Saúde e dos assuntos sociais se resolveriam com um governo não corruptível aos interesses pessoais e empresariais dos seus amigos.
Com um exemplo de amigo destes na Madeira, a defesa do socialista Sócrates tem um bom argumento, pois o seu amigo Santos Silva não é o único a elevar a amizade ao excepcional patamar do vale tudo.
Nota curiosa e cómica senão fosse triste. Ao ler o Plano de Prevenção de Riscos de Corrupção e Infracções Conexas (PPRCIC), no site do Madeira Tecnopólo, SA, verificamos que adoptaram e divulgaram como documento estruturante a Carta Ética da Administração Pública e que reforçaram medidas de controlo interno. Aconselhamos a leitura do conjunto de riscos identificados no referido documento. É irónico.
Qualquer cidadão que falhe com as suas responsabilidades com as finanças ou com outra entidade pública é de imediato ameaçado e punido duramente. Aqui nada acontece.
"Os membros quase nus, o aspecto honrado
Por vil boca e vil mão, roto e cuspido,
Sem um só mortal compadecido
De seu funesto, rigoroso estado;"
(podia ser a breve descrição do Madeira Tecnopólo)