Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 3 de Maio de 2019 18:31
Texto e título enviados pelo autor. Imagem CM.
Acabo de ver o senhor Primeiro Ministro a mostrar a sua indignação em relação a aprovação da reposição de carreiras, tempos e vencimentos dos professores. Não sou parte interessada, trabalho na privada e sei o que padecemos mas quero dizer umas coisas porque sou solidário.
O que disse Costa torna-se demagógico quando não se vê esta postura de veemência, indignação e movimentos nas sucessivas barracas dos bancos que nos esfolam milhões, sempre com contas falseadas. Eles nunca se dão mal e nunca deixam de ser ricos.
Tenho uma opinião muito clara, o senhor Primeiro Ministro não vai pôr portugueses contra portugueses porque acho que todos querem as suas vidas de volta e não esta lenga-lenga de vermos estes bancos nojentos e a falta de lei para castigar políticos e Governantes que não deviam estar a mexer no dinheiro público. Quero estender esta opinião à pouca vergonha que se passa na Madeira há muitas décadas com os mesmos no gamelão.
Eu sou sensível à imagem do nosso país no exterior mas pergunto, só nos assuntos de quem trabalha e vota se põe as questões com este nível de acutilância? Sei que o que se empresta aos bancos não lixa as contas a apresentar à União Europeia mas sai na mesma da algibeira e adia as políticas que o Governo deveria ter para com os seus eleitores. São os banqueiros que elegem o Governo?
Não há dia que não se ouça gente a abusar dos dinheiros públicos e não se vê acção para acabar com esses despesismos que muito representam, bastaria ir somando. É Presidentes de Câmara a governar para si e suas famílias; são deputados a roubar, a assinar pelos outros a maximizar regalias com viagens e presenças, residências longínquas, etc. Não se indignam com as PPPs, não se corta a limpo?
O Primeiro Ministro até se pode sair bem desta mas acho que cada vez mais estas posturas estão esgotadas e aproximam os cidadãos das acções extremadas dos coletes amarelos em França. Os governantes acham que resolvem tudo com jogo, com demagogia, jogando uns contra os outros mas muitas décadas de contribuintes a pagar e a não se aproximarem das médias da Europa diz-me que um dia isto vai dar para o torto. Nunca chega a vez do eleitor e do contribuinte, há sempre um mas!
António Costa, você tentou recuperar alguma coisa, é verdade, mas ainda assim e neste momento, muitos e muitos ganham na Função Pública o que ganhavam entre 2000 a 2004. Há gente que começa a trabalhar e nunca alcança o vencimento nominal ou efectivo do início de carreira. É impressionante! Não é da categoria de quem trabalha é dos políticos!
Não seja chantagista porque pode lhe correr mal, não se esqueça que estamos mais perto dos coletes amarelos do que da sua posição. Já cansam os golpes que verdadeiramente delapidam o dinheiro público disponível. É impressionante a rapidez com que existe qualquer valor monstruoso para dar a bancos não fazem mossa e aí não se lembra de invocar as necessidades na Saúde.
Caro António Costa tem razão quanto a quem perdeu trabalho e não o consegue agora, mas o estado não deveria ajudar essa gente? Já reparou nesta nova dualidade? Mais depressa ajuda a gente regressada de outros países do que do seu. Se vamos por aí os coletes amarelos aumentam. Onde anda o fisco que perseguiu o povo depois da catástrofe financeira a perseguir banqueiros? Os advogados resolvem tudo a essa gente?
Vesti o colete amarelo e não foi acidente, é injustiça.
Vesti o colete amarelo e não foi acidente, é injustiça.