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Eu e outros que não temos cartão do PPD mas estamos na área da hotelaria, não participamos nos coros que chamam todos os que afirmam que isto vai mal de tontos, pessimistas ou de meras bocas da oposição. Somos desmentidos usando números e estatísticas forjadas para que não se conheça o desastre da governação do PPD ao nível do Turismo. Pena é que alguns empresários de referência não consigam defender o seu negócio em vez de deitar a mão ao Governo.
Quem tem um computador à sua frente e está ligado à realidade vê que a nossa área geográfica tem apetência e basta ver as Canárias com números astronómicos e sempre a crescer. Não precisam de ter "os melhores do mundo" para implementar uma estratégia de sucesso. Somos os melhores do mundo mas as companhias aéreas desistem de nós e o Governo só aparece para dar uma ou outra boa nova de maquilhagem. Nunca faz o "deve e haver" para se ver o desastre da governação no Turismo. Sim, porque se os outros passam pelo mesmo e crescem o defeito é nosso! Não andam só a falir companhias aéreas meus senhores, também há substitutas que ignoram a nossa rota. Que desistem do destino e apostam noutros, Que já voaram para cá mas estão satisfeitos com os outros que não são os melhores do mundo mas rendem. É natural que com este quadro haja a tentação do Governo em manipular dados e isso só serve para descansarem convencidos das suas próprias mentiras e provocar inércia na acção da Madeira para fazer face a este problema. Ao invés, dá-se de bónus um tachinho na APRAM? Queremos ver as pessoas que no Turismo manipularam dados demitidas porque não nos servem!
Cada vez há mais hotéis porque só podem dizer que sim aos amigos, de cá e de fora, sobretudo daquele novo director regional que será mais um a pensar nele e a tramar os da terra. É preciso acabar com esta loucura de camas sem perspectiva de encher, ninguém aguenta a estrutura com pouco rendimento. O Verão foi um desastre e o fim do ano também vai ser. E quando os grandes ficarem aflitos, nem que seja a 20€ vendem, importa encher. Agora, um hotel pequeno com menos de uma centena de quartos não faz vida a 20€.
Perder milhão e meio em 3 anos é muito turismo para a nossa dimensão. No mercado alemão faliram ou desistiram a Air Berlim, a Germania e a Niki (a Niki está aí de volta noutros destinos, não para o nosso). Tenho contadas que na altura eram 27 ligações aéreas semanais com elas desde a Alemanha, algumas com aviões de porte já considerável, B757 e A321. Ora como podemos superar a crise se neste momento, desse lote, só recuperamos um voo de uma cidade alemã? Meus amigos, milhão e meio é muito voo! E aqui já têm um cheirinho do desastre. Mas e o Reino Unido? Cai a Thomas Cook e o enorme mercado para as Canárias aguenta-se e cresce com a Jet2 e nós? Uma ínfima parte daquilo e não conseguimos? E ainda não reagimos quando os outros destinos já ocuparam as alternativas de transporte aéreo para eles? O que dizer de novas companhias que surgem, pela oportunidade dos negócios deixados pelas falidas e que não voam para cá? E o que dizer das que voam para cá que crescem noutros destinos e mantém (por favor) o nosso, sempre com os mesmos voos? Com tão poucos voos estão com dificuldade de encher? Só pode! É que quando há perspectivas de ganhar dinheiro ninguém se faz rogado.
Nada vai mudar! Entra um secretário do Turismo, que já lá esteve e deu barraca, e diz que vai fazer um estudo primeiro. Cai-me o queixo! Então vai para secretário e não tem a mais mínima ideia do que fazer já? Ou anda de novo a mandar negócios para os amigos? Sentiram falta na sua ausência? Está o Turismo em coma e o secretário não sabe os primeiros passos? De facto fazer conferências é bem mais fácil.
Este Governo Regional repete a dose e com certeza tem como forma de promover o destino mandar o Ronaldo sozinho lá para a a frente para marcar golos, mas o resto da equipa só tem nabos que não arma jogo. Felizmente já saem números verdadeiros para que aqueles que são responsáveis no que dizem não sejam marginalizados por políticos.
Sexta-feira, 8 de Novembro de 2019 14:48
Texto, título, link e recorte enviados pelo autor.