Gerardo Santos / Global Imagens |
"Os estivadores do porto de Lisboa receberam hoje 390 euros (a 48ª prestação dos salários dos últimos 17 meses), o único valor que receberam pelos 45 dias de trabalho com que contribuíram, em 2020, para os lucros das empresas e para o desempenho positivo da economia nacional.
A cinco dias do arranque de uma greve de três semanas, para acabar com toda esta indignidade, ao invés de nos devolverem a paz, obrigam-nos a continuar a trabalhar de borla, ferindo a dignidade de quem dá tudo o que tem – às vezes a própria vida – para abastecer a população, o comércio e a indústria da capital e do país.
Não aceitamos continuar assim. Avançaremos para todas as formas de luta necessárias, por todos os meios ao nosso alcance, para que cumpram tudo o que assinam e, assim, paguem tudo o que devem."
A greve dos estivadores do Porto de Lisboa, que decorre de 19 de fevereiro a 9 de março, foi decretada na sequência das propostas daquelas quatro empresas, que desafiaram o sindicato a aceitar uma redução de 15% no salário dos estivadores.
O SEAL defende que “se não há dinheiro para salários é por decisão das empresas que fazem o preço do estivador a elas próprias, ou seja, continuam a pagar à A-ETPL o mesmo que pagavam pelo trabalho de estiva há 27 anos” e considera que “é necessária uma atualização do custo do trabalho de estiva no Porto de Lisboa”.
A Madeira que esteja ciente da justiça da greve e não se deixe enrolar por políticos e empresários, muitas vezes culpados. Ao tempo que se fala, alguém está precavido ou a responsabilidade de tudo é do estivador?