Se Albert Einstein descobriu a Teoria da Relatividade, Miguel Albuquerque descobriu a Teoria do Populismo ao Quadrado.
Depois de chamar xenófobos aos madeirenses por se recusarem a receber os refugiados Sírios, aprendeu que:
O fanatismo é a única forma de vontade que pode ser incutida nos fracos e nos tímidos.”
A Pandemia do COVID-19 chegou e com ela veio o medo de morrer que toda a Humanidade teme. Ninguém vai ficar cá eternamente mas todos queremos adiar o inevitável.
Perante o cenário de uma Pandemia generalizada e o consequente colapso Económico, Miguel Albuquerque escolheu o mais lógico e fácil, ou seja, o que qualquer pessoa faria no lugar dele. Fechar as fronteiras e isolar a Ilha. Era definitivamente a decisão que tinha menos riscos.
Mas o problema da decisão de Miguel Albuquerque foi a forma atabalhoada como a executou. Miguel ficou sozinho na decisão e os seus Secretários Regionais pareciam araras sem saber muito bem o que fazer.
O resultado é que a atitude precipitada criou climas de crispação e atitudes num povo que atingiram os limites da xenofobia mesmo para aqueles que sempre nos deram de comer durante décadas, e foi triste ver turistas serem escorraçados de Autocarros e convidados a sair da Madeira como se de leprosos se tratassem.
A única teoria aceitável para o povo era parar a Ilha, fechar tudo e expulsar os malditos.
Pensando ter já tudo controlado, durante dias escutamos Miguel Albuquerque a afirmar orgulhosamente e com voz grossa nas conferências que éramos a única Região do País que não tinha infetados.
E o povo aclamava o líder com o sucesso da medida do Aeroporto! E mesmo sem ideias e soluções a curto e a médio prazo, Miguel conseguiu assim que a população ficasse do lado dele, e nem mesmo Alberto João Jardim conseguiu tanto apoio do povo num espaço de duas semanas.
O azar dos azares é que o vírus já cá estava e o pior é que veio mesmo para ficar, na verdade apenas se adiou o inevitável. Mas foi tudo outra vez como o povo quis! E como medida profilática imediata pegou-se nos suspeitos malditos que ainda chegavam à ilha e confinou-se em hotéis isolados. Morram mas não nos infetem!
E a pergunta que ainda ninguém fez, é se a tal curva exponencial do número de infetados está controlada na Madeira, como é que vai ser quando se abrirem as fronteiras outra vez? Vamos voltar a apedrejar os turistas sempre que surgir um caso positivo de COVID na Madeira?
Existe algum plano, ou espera-se que Deus crie uma vacina?
Não é preciso ser Economista para estimar que, se para a Aluvião de 2010 foram necessários mil milhões de euros, agora vão ser precisos três vezes mais do que isso para relançar o Turismo e a Economia.
E o que vai acontecer é que nos próximos meses, com o esperado desemprego galopante, fome e miséria, Miguel Albuquerque passe de bestial a besta.
Maldito Populismo!
