A Geração Rasca de 2018


Em 1994, no Jornal “O Público”, o nosso conterrâneo Vicente Jorge Silva apelidou de geração rasca as manifestações estudantis contra a ministra da educação de então, Manuela Ferreira Leite.


Na altura, a opinião de Vicente Jorge Silva causou muita polémica nos meios culturais e políticos, porque, acima de tudo, vinha de um homem conotado com a esquerda intelectual, herdeira dos ideais de Maio de 68.


Vinte e cinco anos depois, a geração rasca de Vicente Jorge Silva, foi substituída por pais de família, agora mais preocupados com o futuro dos seus filhos do que em mostrar o cú a qualquer político.


Sem perspetivas de futuro esta geração de miúdos rendeu-se ao lado fácil da vida. São cada vez mais novos os miúdos que, sem qualquer controlo, emergem nas noites loucas das discotecas e dos bares, e que acordam no dia seguinte no meio dos seus próprios vómitos. É triste!


Não tenhamos dúvidas, que hoje é muito mais fácil beber uns copos, fumar uns charros e experimentar o sexo fortuito, do que aprender numa escola que deixou de ser atrativa.


Será que a culpa é apenas da internet? Do Google? Do iphone? Dos pais, mais preocupados em sobreviver o dia-a-dia, do que em educar os filhos? Ou de políticas de educação erradas?

Infelizmente, a geração rasca de  políticos que temos está mais preocupada em evitar greves de professores e ganhar eleições do que em pensar  numa estratégia  de futuro para o País.

Mas seja qual for a razão, o resultado disto tudo é uma nova geração de ignorantes que, não sabe ler, não sabe escrever, não sabe pensar, não tem sonhos nem esperança, e pior de tudo, nem sabe mostrar o cú!

Viva a Geração Rasca de 1994!