O Diário aborda hoje, em várias páginas, um tema que anda à volta da mendicidade, dos sem abrigo e dos "dependentes". Lembro que no passado rendeu-lhe uns dias de chatice à conta dos que não queriam a exposição do problema. Os denunciantes foram pelo lado da exploração da situação e não pela denuncia de que não se faz nada ou nenhuma política resulta. Agora que a coisa piorou vamos ver se mais algum madeirense se indigna, para metermos todos a cabeça na areia na ilha artificial.
Estamos com muitos meses de sucesso mas, eles não chegam à mesa dos madeirenses e muito menos dos que saíram da "circulação". Tão só aos amigos empresários de Miguel Albuquerque, que se fartam de ganhar dinheiro com negócios protegidos, subsidiados e por ajustes diretos é merecem atenção. Depois temos que aturar as estatísticas que eles gostam tanto de mostrar com as monstruosas riquezas a dividir por 250.000. Paralelamente, a nova classe mais do que média tachista da coligação, aos 2, 3 e 4000€ euros/ mês, nada produz. A falta de soluções não terá uma componente de incompetência? Na Segurança Social deixam fugir e caducar milhões, de novo aos amigos do Albuquerque que já foram de Jardim. Falta apoio e muita gente no futuro se vai deparar sem os rendimentos que esperavam porque os descontos não chegar à Segurança Social. Significa, os de sempre a engordar e os outros a mingar, a caminho da rua.
Esses tais amigos vão comprando a cidade, os devolutos bem localizados que depois fecham os buracos das portas e janelas com blocos para os sem abrigo irem à procura de outra "habitação". A CMF também tem mão nisto, fecha a "habitação" e dão-lhes "caixas de correio" para meter a roupa. Muitos acham isto bem, porque os sem abrigo descuidam-se e ainda pegam lume na cidade mas, o que ninguém diz é que não há estratégia que resulte ou atenção sincera. O problema cresce. Está ai bem à vista, ninguém dá solução, natural ou compulsiva.
A cidade está mais insegura, suja, há assaltos, rixas, pedincha para o vício. Tudo isto é um círculo vicioso que resulta de uns cada vez mais ricos, um governo incompetente, a fuga aos descontos da segurança social, a mente fraca ou sofrida que se esconde no vício. Também muito infortúnio envergonhado, famílias desfeitas mas sobretudo, muita falta de apoio e solidariedade nos piores momentos. Ninguém gosta de ver, há estabelecimentos comerciais que diplomaticamente metem soluções de porta anti-sem-abrigo. O GR é imune porque foca-se no poder e na mentira na campanha eleitoral e depois, com o poder, focam-se no tachismo e nos negócios pessoais ou obscuros. Tremendamente egoísta, o Governo está a tratar da sua vida, como vemos pelo tachismo dos últimos meses. As oportunidades são para os mesmos ... ora junte-se outra vez o contributo para o descalabro social ... e isto ainda não parou aqui.