Li um texto no fénix sobre as medidas que o GR deveria ter tomado em relação do Covid-19. "Cada cabeça, cada sentença"... e eu acho piada ao gajo.
Na minha opinião esse texto teve duas virtudes:
- mostrar que existem medidas alternativas para a Madeira gerir a pandemia;
- mostrar que o plano de emergência tem que planear o normalizar da situação.
Vamos supor que o aeroporto da Madeira é fechado de um momento para outro sem ter atenção aos nossos clientes-turistas. Se há coisa que todos odeiam e nunca perdoam é o roubo de importantes somas de dinheiro. Se os turistas não forem compensados, a reputação da Madeira como destino turístico irá ser muito prejudicada durante muito tempo.
Toda a indústria do Turismo (hoteis, rent-a-car, restaurantes, lojas, etc...) terá que diminuir a sua actividade, e o fará através de despedimentos.
Numa primeira fase a Segurança Social manterá as condições de vida mínima dos despedidos e dos empresários falidos. Numa segunda fase, uma vez que a reputação da indústria foi afetada, não se conseguirá voltar ao nível de atividade turística atual. Isso significa:
- Mais emigração;
- Maior poder do Governo Regional (que pedirá dinheiro ao Governo da República, e o gerirá), pois só essa entidade poderá satisfazer as necessidades económicas dos cidadãos.
Presumo que não tenho que dizer o que isso fará à nossa Liberdade de Expressão e à nossa Democracia; ou quem vai ser beneficiado e quem vai ser prejudicado.
Portanto, aproveitar o Covid-19 para destruir a indústria turística da Madeira para depois tornar todos os cidadãos dependentes do Governo Regional é um eventual "Plano de Dominação no Dia Seguinte".
A ironia desta situação é que os que mais apoiam Albuquerque na demanda de fecho do aeroporto serão os mais prejudicados. Devem ter faltado às aulas da catequese em que ensinam "Nunca se apoia um mau. Ele é mais perigoso quando finge que está a zelar pelos nossos interesses".
Por fim, seria interessante que as autoridades ou o Correio da Madeira publicassem as medidas relativamente a casos de pandemia estabelecidas no Plano Regional de Emergência e Proteção Civil da RAM.
"Os Planos de Emergência de Protecção Civil são documentos formais nos quais as autoridades de Protecção Civil, nos seus diversos níveis, definem as orientações relativamente ao modo de actuação dos vários organismos, serviços e estruturas a empenhar em operações de Protecção Civil imprescindíveis à resposta e à reposição da normalidade, de forma a minimizar os efeitos de um acidente grave ou catástrofe sobre as vidas, a economia, o património e o ambiente."
Planos de Emergência