Chavascal municipal


Vivemos tempos em que a democracia enfiou-se na emboscada dos medíocres. Sem razão nem postura, o debate político desceu ao chavascal, à chungaria e ao chico-espertismo. Se num dia vemos fedelhos a brincar na casa da democracia noutro, esses mesmos, já são moralistas na Assembleia Municipal. Se nalgum tempo uns foram vereadores de uma coligação (que depois se desvincularam para ser uma Nova Mudança) agora provam como sempre foram peões do partido então dominante para minar a governação da câmara. São fantoches a cuidar da sua sobrevivência, ora se vendendo a uns ora a outros.

Já ninguém discursa, todos berram esperando que os decibéis decidam quem é o animal dominante. É reflexo de algum tempo de coabitação com medíocres a impor a bitola. Os conteúdos são de briga política e não do interesse dos cidadãos. Há uma aversão do povo a estas situações mas os medíocres não percebem nem se dão conta. Nunca conheceram outra política que não esta rasteira à imagem e semelhança dos seus "donos" oriundos da mais rasca política.

Os berros derivam de ódios pessoais por derrotas mal digeridas, por gente sem categoria que só quer sabotar porque a política é o emprego que defendem com unhas e dentes, nunca um contributo de conhecimento que vem para se dedicar ao bem comum.

Isto está tudo errado meus senhores, mais errado fica quando depois do teatrinho do chavascal municipal e da perca de tempo, vemos a orientação de voto de cada partido que acaba com a montanha a parir um rato. A votação é diferente da gincana política porque fica registado por acta, um comprovante do tipo de política que estão a praticar. Depois do teatrinho a assembleia municipal prosseguiu, sem os acusadores.

A senhora Rubina Leal, o fedelho João Paulo Marques, o peixeiro Roberto Vieira e a querida de Gil Canha, todos na mesma frente, faziam-nos um grande favor se desaparecessem de vez da política. Não só afastam a boa semente como não servem para os ambientes democráticos de elevação.

O precedente aberto pode ter consequências na vida parlamentar pelas mesmas razões com Miguel Albuquerque. Depende do nível da oposição. Esperemos que não porque o eleitor quer ver trabalho em seu favor e não guerra política.

O PSD está a dar o que prometeu em campanha autárquica, um calendário de tretas e fotografias sem ideias ou qualquer plano para a câmara. O PSD está a ficar igual aos partidos mais pequenos numa política de guerrilha inócua que os afasta da credibilidade para uma gestão autárquica. 

Quanto ao busílis, Paulo Cafôfo, fonte dos problemas porque vai ser o candidato à Presidência do Governo Regional e isso ameaça toda uma prole de tachistas aflitos do PSD Madeira, era bom que observasse que são os seus colegas que estão a aguentar o fel na sua ausência, era digno estar presente e dar a cara nos momentos altos. Ainda é Presidente da Câmara Municipal do Funchal e ainda não é Presidente do Governo Regional. O Paulo Cafôfo governa uma autarquia, não é ministro dos negócios estrangeiros, não é Secretário Regional, se acha que estes desleixos não contam porque as pessoas estão focadas na sua candidatura, está redondamente enganado, estão a tirar-lhe o perfil e pode ficar apeado. Compre uma agenda e cumpra as suas obrigações, a prioridade é o mandato da câmara, foi eleito.

Avalie da minha razão: