Por força da verdade e da minha profissão tenho que desabafar, este número é antigo, estão a manipular. De facto, há quatro anos tínhamos sensivelmente este número, um elevado número de pobres mas existiam outros remediados encostados à pobreza, a caminho da própria pobreza, em percentagens andavam idênticos, ela por ela. O que perfazia mais de 60% da população da Madeira com dificuldades, entre severo a remediado.
A meados das década passada, um Secretário Regional despediu um responsável da Segurança Social da Madeira por ter revelado, em abono da verdade, que a pobreza na Madeira é um flagelo preocupante e com números que não param de crescer e indicou um valor, que por distracção ou inocência, era muito superior ao da propaganda governamental exibida.
A pobreza está a ficar um lençol curto de gerir porque o Governo Regional vai aparecendo com os pés de fora. Não só pelo prisma dos números martelados que se divulgam mas, pelas constantes injecções de verbas para alimentar pobres, a decadência demográfica e, alguns muito poucos, que conseguem emigrar antes de chegar ao ciclo da pobreza. Na Madeira, como só os mesmos com cartão partidário são seleccionáveis para os lugares de remuneração decente, só existe elevador social em sede do PSD Madeira.
A pobreza é galopante desde 2015 e a "piada" é que depois daquele despedimento a meia década passada, quiçá outra não dotada para a política de enferrulhar números, a própria ex Secretária da Inclusão, indicou com semblante de orgulho pelo seu trabalho, que os apoios às famílias carenciadas têm vindo a aumentar na Madeira. É um negócio de dependência que vale bem a pena por troca de votos que mantém o binómio empobrecimento/caridadezinha.
Nos últimos quatro anos foram injectados 16 milhões de subsídios eventuais derramados por cerca de 1950 agregados familiares. Quase duas mil famílias madeirenses a viver na miséria. Mas quando se fala de números é preciso ter muito cuidado porque esta gente fala às parcelas e não no todo. 1950 agregados familiares são aqueles que não têm dinheiro sequer para comida. Pobre não é só isto.
Nos últimos quatro anos foram injectados 16 milhões de subsídios eventuais derramados por cerca de 1950 agregados familiares. Quase duas mil famílias madeirenses a viver na miséria. Mas quando se fala de números é preciso ter muito cuidado porque esta gente fala às parcelas e não no todo. 1950 agregados familiares são aqueles que não têm dinheiro sequer para comida. Pobre não é só isto.
O PSD Madeira, até com a pobreza faz truques, primeiro os números depois omite quem realmente ajuda. O valores mencionados de assistência à pobreza vêm do orçamento nacional da segurança social. Estes 16 milhões não são prestações sociais normais (como as reformas, abonos, RSI, entre outras). São meros subsídios eventuais dados segundo o critério individual das assistentes sociais, as tais controladas pelo PSD nos dias das eleições para ir buscar gente para votar: “Se prometeres votar no PPD levas o dinheirinho, se não, levas “nicles”.
Mas os padres também participam nesta ocultação, alguns não incidem a sua acção em resolver a pobreza mas a usar o dinheiro para mais estudos para ocultar, como o padreco da Rede Anti Pobreza que levou mais uns trocos em “estudos” e em “formação”, como se o diagnóstico da pobreza regional não fosse já conhecido de todos. Falta é perseguir um governo que governa para os mesmos e distribuir a riqueza.
A verdade é está, já tivemos 31% de pobres e 32% de remediados, passaram-se mais remediados para pobres e entraram novos da classe média para a área dos remediados que vivem com dificuldades. Isto é fácil de se perceber com a falta de rendimentos suficientes mesmo que se trabalhe e por causa dos vínculos precários de trabalho, recibos verdes que descontos quase metade, part-times, por tarefa, por contrato com baixo salário.
Para acabar, com ironia desconcertante, o próprio JM que dá esta notícia organiza-se com muitas "tropas" de assalariados a recibos verdes, que nem recebem o que valem nem podem mostrar o que valem, estão ali pelo dinheiro, o pouco que conseguem. Sendo uma máquina de propaganda do PSD Madeira, um "Povo Livre", concluo que batemos no fundo no que respeita a pudor.
... não se iludam com o aumento do número de carros na Via Rápida dos abastados coitadinhos luso-venezuelanos, chegaram e receberam mais apoio do que qualquer madeirense enterrado por força da falência da região. É que dos "pobres" do Maduro importa dar bandeira, os pobres madeirenses convém esquecer, são pobres de 40 anos de PSD Madeira, o partido da Autonomia? Da Madeira? e dos madeirenses?
Agradeço a publicação
Sábado, 04 de Janeiro de 2019 10:38
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