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O pilar do fascismo é a propaganda e os fascistas acusam os seus oponentes (tornados inimigos) de serem o que eles mesmo são. Transferem a sua acção aos outros, acusando e pondo-os a se defender com contínuas acusações. É um padrão permanente da actuação acompanhado por um atirar dos virtuosos para a lama para aí ganhá-los por experiência.
Uma particularidade do fascismo é a propaganda e ela sempre inverte as coisas, odeia intelectuais, visionários, gente que sabe se expressar e colocar cada palavra no seu lugar, por forma a que os outros entendam a mensagem. Fascista é anti-intelectual e anti-conhecimento, combate qualquer realidade que promova o livre pensamento e deixe de consumir a propaganda oficial. É assim que o povo deixa de estar informado, não lendo, não ouvindo, folheando imagens e títulos, fazendo do circo a sua vida. No fascismo, os média são atacados até sucumbirem, serem eliminados ou comprados, tudo o que destrua a narrativa da glória, da superioridade e suprema governação.
A irrealidade é outro pilar do fascismo, espalha mentiras e boatos para desacreditar os adversários, que jogam limpo, através dos seus "cães amestrados". Se conseguirem desconfiança sobre os adversários já têm o dia ganho. É assim, que todo debate se transfere para o surrealismo ficcionado num meio virtual. através do permanente alimentar da conspiração que elimina as verdades para elucidar o povo, tornando-as narrativas de gente mal intencionada.
Mas como é que se constrói a conspiração fictícia? Simples, quem tiver palavra forte e fundamentada nas redes sociais, um site como o Correio da Madeira, o jornalismo independente, etc, passam a pertencer às forças obscuras. O regime Nazi dizia que os média pertenciam a Judeus e eliminou-os. Quando não existem provas do que o fascista diz, ele fundamenta a sua posição justamente por não existirem provas, porque são forças obscuras escondem, logo são contra o povo e este deve suportar os virtuosos do fascismo.
O fascismo adora hierarquia social, fomenta um grupo dominante com imenso poder, político, económico e financeiro, linha de fogo que ora se expressa para abater ou promover. É a cleptocracia que financia a política do grupo dominante. Falam em questões do "Nós" ou "Eles", atrevem-se a usar questões raciais ou de género, camufladas por vezes em ódio a estrangeiros. As castas superiores são tipos psicológicos e patológicos, não classes sociais, tens que pertencer a "máfia" para seres alguém.
Se até aqui já lhe cheira à conclusão do texto, então a partir de agora vai feder. O fascismo, apesar de omnipresente e potente, constrói sempre um quadro onde é vítima. O grupo que sempre é dominante, superior e dirige consegue colocar as minorias como maiorias que o atacam. Se houver um momento singular, onde alguém vença por mérito, apontam como ataque porque não saiu das suas fileiras, o lugar foi roubado. Imagine-se. O lugar estava predestinado e alguém roubou o lugar por mérito. Coitados.
Apesar da desordem nas ideias e argumentos, o fascista apregoa a Lei e a Ordem, está instituído de poderes logo manda como quer e pode. Qualquer um fora do grupo dominante merece e deve ser punido com perseguição, destituição da honra e direitos básicos. Lembram-se da hierarquia? Não pode haver quem pense diferente. E, porque nunca dão oportunidade a ninguém que não pertença ao grupo, logo os outros estão destituídos de capacidade, são vadios e preguiçosos ... inúteis ... sobretudo criminosos que precisam de ser vigiados pelos cães de fila.
Sodoma e Gomorra, os núcleos populacionais mais aptos a votar a favor prevalecem sobre os urbanos, onde mora a semente do mal e o expoente máximo está "carnificado", por ora, no líder autárquico da capital. O meio rural dá menos despesa a "comprar", porque normalmente não há "estrangeiros", sem contar com esta ou aquela unidade hoteleira. Na cidade estão os "Judeus" e não Judeus, curiosamente, quando as fileiras do grupo dominante promovem "Judeus" ... gananciosos que eliminam a progressão social.
Arbeit Macht Frei ... o trabalho liberta. Alguns, repetidas vezes, intentam a ideia de que é preciso trabalhar muito, sem horários, se escravizar à classe dominante para, por ventura, sem mais rendimento, alcançar a graça de ter um naquinho de Povo Superior, um amendoim depois de não prestar atenção a outros valores da vida como a família, chegando a casa estoirado mas sem nada para lhes dar e subir na vida. Trabalhos forçados que, nos nossos dias, vestem a capa de emprego precário onde a cabeça está sempre no alvo da carreira de tiro dos fascistas. Se não queres ser chamado de vadio deves sofrimento, suor e lágrimas ... por vezes sangue aos titulares ineptos espalhados pela hierarquia.
Se apregoa ser anti-corrupção ... ele é corrupto.
Se apregoa continuidade territorial ... ele limita os transportes.
Se apregoa Povo Superior ... só faz pobres dependentes.
Se apregoa tanto o regionalismo como a Autonomia ... mata a união nacional, despreza a constituição, as leis, os símbolos, as comunicações mais importantes do Primeiro-Ministro e do Presidente da República.
A Madeira teve, em momento de stress, atitudes xenófobas e pagará caro no futuro. Curioso, os Nazis acusavam sempre a imprensa de mentir o tempo todo, tipo o Correio da Madeira, tentando quebrar a expressão do povo como sendo Fakes mas, na verdade, são eles que mentem e o padrão fascista volta a estar presente. Por fim, nunca vão presos por corrupção, fascista diria, o Covid-19 não atinge governantes porque eles lavam sempre as mãos.
Albuquerque é fascista? Está bem coligado com o CDS.
A Madeira teve, em momento de stress, atitudes xenófobas e pagará caro no futuro. Curioso, os Nazis acusavam sempre a imprensa de mentir o tempo todo, tipo o Correio da Madeira, tentando quebrar a expressão do povo como sendo Fakes mas, na verdade, são eles que mentem e o padrão fascista volta a estar presente. Por fim, nunca vão presos por corrupção, fascista diria, o Covid-19 não atinge governantes porque eles lavam sempre as mãos.
Albuquerque é fascista? Está bem coligado com o CDS.
Livro:
"Como funciona o fascismo"
A Política do "Nós" e "Eles"
Jason Stanley
Alguma vez neste texto
você se lembrou da Madeira?