Como é de conhecimento geral, a empresa municipal Sociohabitafunchal, E. M., possui um novo administrador nomeado por Paulo Cafôfo.
Filipe Rebelo é um homem sobejamente conhecido dos madeirenses pelo seu trabalho na delegação regional da Associação Portuguesa de Deficientes.
A sua nomeação para administrador da empresa municipal que tem a responsabilidade de gestão do parque habitacional social do município foi vista como um pagamento de favores relativamente ao apoio dado por Filipe Rebelo e pelo PDR à candidatura de Paulo Cafôfo nas Eleições Autárquicas realizadas em Outubro do ano passado.
A nomeação de Rebelo não foi bem aceite mesmo dentro das hostes socialistas, sobretudo pelo brilhante e muito discreto trabalho que o anterior administrador da empresa, Miguel Baptista, vinha executando.
Neste momento e após a tomada de posse de Filipe Rebelo, a empresa municipal passa por profundas alterações nos seus quadros de pessoal, com mudanças que vão desde os responsáveis dos centros comunitários aos assistentes operacionais ao serviço da Sociohabita. Há um grande clima de insatisfação, tendo mesmo alguns dos funcionários que pertencem aos quadros do município, solicitado o fim do destacamento e regressado aos serviços de origem.
É isto que acontece quando as pessoas são indicadas apenas para satisfazer um clientelismo, que não é novidade, em detrimento do mérito. A Sociohabitafunchal, E.M., está a ferro e fogo, em surdina, mas a turbulência pelos vistos está para durar!
Fecharam os telhais. Com os prenúncios de outono, as primeiras chuvas encheram de frémito o lodaçal negro dos esteiros, e o vento agreste abriu buracos nos trapos dos garotos, num arrepio de águas e de corpos. Também sobre os fornos e engenhos perpassou lufada desoladora, que não deixava o fumo erguer-se para o alto. Que indústria como aquela queria vento, é certo; mas sol também. -- Vento para enxugar e sol para calcinar -- sentenciavam os mestres. Mas o sol andava baixo: não calcinava o tijolo, nem as carnes juvenis da malta."