Hoje houve um clique e o Cafôfo está em maus lençóis.
Creio que por estas horas sucede o tal momento em que num casal começa a desconfiança no matrimónio que nunca mais será o mesmo. Acredito que nesta primeira vaga de seres pensantes a paciência para tolerar findou. Paulo Cafôfo anda a conquistar o eleitorado em Londres e parece que correu muito bem, foi um tratado na iniciativa do Miguel Albuquerque, no entanto, Cafôfo ainda não palmilhou a Madeira para se dar a conhecer, Albuquerque é conhecido e aparece com cheques, sorrisos falsos e piropos estéreis.
O povo da Madeira quer entregar o poder à primeira pessoa decente que aparecer e assiste a estes permanentes sinais de Cafôfo a se apoiar nos lobbies e dos lobbies a arrastar a asa a Cafôfo. Muitos dilemas deixaram de o ser na cabeça dos eleitores, uma delas é que a premissa maior é ter um cidadão decente antes da formação e do político. Estão fartos de mafiosos e esquemas, optar primeiro pela formação num candidato que se vai tornar sinistro só ajuda a roubar.
Neste momento, não tenho dúvidas de que Miguel Albuquerque, Pedro Calado e o PSD-M estão queimados, nada do que dizem tem crédito depois de falharem os compromissos da campanha de 2015 por estarem às ordens dos lobbies. Cafôfo é inexperiente político e isso nota-se quando tem que dar passos decisivos. Lá se foi o tempo em que ser ingénuo vencia por ser assimilado pelo povo como alguém sem maldade.
Cafôfo está a lidar com a dita sociedade civil da mesma maneira que Albuquerque em 2015, só a quer para encher salas e obter votos, depois fará o que entende pelo que já se vê nas opções. Se o PSD-M pensa que aqui está o filão por explorar e a oportunidade, desengane-se. O PSD-M queimou-se e não percebeu todavia que as Eleições de 2015 foram a última palhaçada, a última oportunidade. O PSD-M não se corrige sem uma derrota.
E agora Cafôfo? O eleitorado está experiente e também gosta de brincar. Se os "opinion makers" e as máquinas silenciosas entenderem, são livres de encontrar um partido charneira tal como Cafôfo usou o PS ... e o Sousa usa Cafôfo. Não têm o exclusivo das opções políticas e muito menos da sabedoria. Nunca houve na Madeira tal dimensão de eleitorado flutuante, se fossem partido ganhavam eleições. Quão estúpidos ou dependentes não andam estes políticos.
Se as opções e as escolhas de Albuquerque definiram a sua imagem actual porque não será igual com Cafôfo? A popularidade é efémera, é preciso alimentar. Decidir tem riscos mas decidir errado é derrota.
A esta distância, Cafôfo arrisca-se a perder com as suas opções a maioria silenciosa que o fará perceber que enquanto independente é uma coisa mas, enquanto orador em congresso do PS que se apoia neste partido e nos lobbies é outra. Paulo Cafôfo se quer uma maioria não pode estar a lançar sinais sempre para o mesmo lado. A janela de oportunidade fechou por mau jogo de Paulo Cafôfo porque aqueles desvairados do PSD-M não pescam nada para ter influência.
Cafôfo anuncia tanto quanto Albuquerque e concretiza o mesmo. Caramba como tudo é auto-copiativo.
Se eu fosse um pequeno partido, organizado e limpo, esfregava as mãos de contente. Já chega de enrolar nos mesmos senhor Cafôfo, quer ser líder de todos os madeirenses e ainda não percebeu quem vota para o tornar governante?