Vivemos num mundo surreal da mentira e do parece, o que desde logo implica não ser sincero com o povo eleitor. Uns querem ter poder, outros querem ser bengala, a maneira mais curta de com poucos votos ter acesso ao poder e usufruir dele. Não ser sincero é por exemplo viabilizar o que o povo rejeita mas que traz conforto aos "donos do poder" passadas as eleições. Tudo serve para enganar e obter o voto para depois governar a bel-prazer.
Esta publicação tem por objectivo chamar à atenção de que o povo deve seguir a política regional e não alhear-se, caso contrário, tudo aquilo de que reclama se efectivará e será aumentado ou piorado. Poucos são os políticos na actualidade que vêm tentar contribuir para o bem comum disponibilizado os seus conhecimentos, querem pura e simplesmente resolver a sua vida tornando a política um emprego.
Os lobbies regionais estão a distribuir peões para estar a bem com todos e, alguns, com falta de atenção ou votos, ficam embevecidos com essa aproximação que lhes dá, pensam eles, importância. Os lobbies estão a viciar o "jogo da política" como fazem nos concursos públicos, apresentam-se nas candidaturas dos principais partidos para garantir ascendente sobre a política e continuar a se servir do dinheiro público que, para o povo, nunca chega em serviços essenciais como a saúde ou a reposição de vencimentos e carreiras.
... ninguém quer falar numa Madeira
sem classe média para além dos privilegiados ...
Para já, Alberto João pensa que o seu tempo e as suas ideias é que são boas, quer regressar à fórmula antiga que nos faliu e que faz 65% de pobres que coincide em números com os de baixa escolaridade, desses que ninguém quer falar numa Madeira sem classe média para além dos privilegiados da política e das "redes" dos lobbies. Hoje surgiu o trunfo que tem escondido para o próximo congresso do PSD-M.
Miguel Albuquerque estoirou a máquina do PSD Madeira trazendo para a ribalta canalha inútil. Tratou os militantes antigos como um amontoado de idiotas e executou a sua ostracização para "praticar" a Renovação na idade com tolos em vez da Renovação dos procedimentos e, está claro, que a mesma estratégia e objectivos com pessoas diferentes, sobretudo mais desconhecedoras de tudo para dizer ámen, foi um erro colossal. Sempre alucinado e no surrealismo das suas altas criações ou convencimentos, este "sangue azul" com muita soberba que diz piadas de latrina afoga-se a cada dia na realidade. Se repararem não faz nada, não tem poder, só faz festa com muito ruído do tipo "querida não mudei nada" e agora surge Manuel António para tornar o seu belo numa confidência de que o desastre está próximo. É o próprio PSD-M que diz que vamos muito bem e que vamos muito mal.
... "passagem administrativa" a outro grupo
de Renovadinhos, novos privilegiados
que não conhecem as agruras da vida ...
Paulo Cafôfo que enquanto independente reuniu os votos de vários quadrantes, desde abstencionistas a defraudados dos seus partidos, encontra-se embevecido com a sua popularidade com pés de barro e junta-se ao PS que tem andado calado de manhoso, porque está de novo com os lobbies ou porque não tem nada para dizer e os lobbies vêm fazê-lo à sua medida. Querem calçar a sua vez de mamar com os lobbies. Paulo Cafôfo julga a máquina do PSD-M pelos Renovadinhos, umas bestas que já são passado. Ninguém olha para as maiorias de Alberto João e vê como a reunião de partidos de oposição e comunicação social não chegavam. Essa gente existe e continua a dar vitórias e derrotas. Esta de juntar-se aos lobbies para subtrair, segundo ele, know how de quadros com experiência é de bradar aos céus, nada mais é do que dar "passagem administrativa" a outro grupo de Renovadinhos, novos privilegiados que não conhecem as agruras da vida para saber lutar pelo povo e que estão para lutar pelos seus donos, os lobbies. Paulo Cafôfo é uma desilusão e defraudou os madeirenses. Perceberá tarde qual era o seu eleitorado. Quem quer a sociedade civil ao seu lado não preenche com lobbies.
As Regionais de 2019 são dos lobbies
que não vivem sem a mama do orçamento regional
a concorrer em quase todos os partidos.
Hoje surge o eterno pretendente, arma de recurso, a última esperança chamada Manuel António. Mais uma moeda com a mesma face. Vamos olhando para todos os nomes e ninguém tem independência e tratam-nos como marionetas. As Regionais de 2019 são dos lobbies que não vivem sem a mama do orçamento regional a concorrer em quase todos os partidos. Assim vamos ser sempre pobres a ouvir que não temos retorno nos impostos, de que não há orçamento para devolverem os vencimentos e repor as carreiras mas sobretudo de que somos os culpados de tudo, o que até é verdade se não abrirmos o olho!
Nós estamos num estado comparável, correlativo à Grécia: mesma pobreza, mesma indignidade política, mesmo abaixamento dos caracteres, mesma ladroagem pública, mesma agiotagem, mesma decadência de espírito, mesma administração grotesca de desleixo e de confusão. Nos livros estrangeiros, nas revistas, quando se quer falar de um país católico e que pela sua decadência progressiva poderá vir a ser riscado do mapa – citam-se ao par a Grécia e Portugal. Somente nós não temos como a Grécia uma história gloriosa, a honra de ter criado uma religião, uma literatura de modelo universal e o museu humano da beleza da arte.
Eça de Queirós, in 'Farpas (1872)'