Não sou apologista de textos longos e chatos. Todos sabemos que o maior desafio de quem escreve é conseguir transmitir em poucas palavras o maior número de ideias e informação. As estatísticas dizem-nos que 56% dos leitores do CM usam o telemóvel para ler o Correio da Madeira, que, como sabemos, pelo meio envolvente, não é o ideal para assimilar ideias em conteúdos grandes.
Muitas vezes nos textos usamos o humor e o sarcasmo para atingir mais facilmente os objetivos, que infelizmente, na maior parte das vezes, ficam aquém das expetativas. Quantos de nós já escrevemos um bom texto e depois verificamos que uma foto ensanguentada, ou um escândalo sexual tem mais impacto massificador que um texto elaborado e cheio de rococós.
Por isso, sem me tornar chato, vou tentar ser conciso e curto.
Já todos percebemos que 2018 foi politicamente um ano para esquecer, um ano em que só houve vencidos e nenhum vencedor. Miguel Albuquerque foi uma desilusão e Paulo Cafôfo caminha para isso. Miguel herdou as expetativas de Pedro Passos Coelho quando declarou guerra ao Sistema e a Manuela Ferreira Leite, mas não passou disso mesmo, de expetativas.
Miguel Albuquerque minou a máquina da Função Pública com os seus queridos, e pela primeira vez, perdeu o apoio que o PSD tinha na função pública. Esqueceu-se que os funcionários públicos são uma maioria silenciosa que, pelos mais diversos motivos, não se manifestam, mas quando chegar à hora de votar vai doer, e muito.
Do outro lado, as coisas não estão melhores. Paulo Cafôfo tinha um Capital político invejável, e quase deitou tudo a perder, porque deixou-se manobrar pelos mesmos de sempre do PS. Miguel Iglésias e Victor Freitas manobram o lado negro do PS, fazendo de Paulo Cafôfo a sua marioneta de estimação e de Emanuel Camara o bobo da corte.
No PSD, as desilusões chamam-se Manuel António e Pedro Coelho que continuam a atravessar o deserto na expetativa. Ou se vendem, ou esperam pacientemente pelo desaire que se advinha. Temos pena!
Mas se é tudo tão mau, então em quem votar em 2019? Nos partidos mais pequenos correndo o risco de numa aliança – à partida improvável - viabilizarem um Governo minoritário?
Então, e nós, o povo enganado, que hipóteses temos?
Não muitas. Não tenhamos dúvidas que a meia dúzia de votos que deu a Miguel Albuquerque a maioria absoluta irá para Paulo Cafofo, pois 4 anos não podem ser piores do que 40 a ver sempre os mesmos hipócritas a se banquetearem com os votos.
Que venham outros! Melhores, ou piores, não interessa!
E como diz o povo da Madeira - Boas Entradas, e Boas Saídas!
Talvez eu seja enganado inúmeras vezes... mas não deixarei de acreditar que em algum lugar, alguém merece a minha confiança!
Aristóteles