O dia dos namorados

FOTO FUNCHAL NOTÍCIAS: Compromisso Madeira 13-02-2019
Bom dia seus equídeos para não chamar de cavalgaduras, olho para cima e já me sinto na máfia do mau sentido. É tão bom ver a palavra de Deus aplicada de uma forma tão perversa, tás a ver pá seu azulzinho bébé com um frio de cachorro. Durante os próximos tempos vou recordar o que Jardim e Albuquerque disseram um do outro. Palavras de amor como nunca vi, mas há mais, o PSD tem umas criaturas diabonais e diabanais ... estas é que são porreiras pá.

De repente o Albuquerque passou a melhor candidato do mundo e Jardim é o seu maior apoiante de sempre. É cartazes na rua com mais "cumprimos", o Renovadinhos só mata carecas e eles dão-se tão bem que o clima parece o dos engenheiros que roubam ferro e cimento a fazer cálculos se as paredes das ribeiras aguentam quando vem água a sério. Não há estômago que aguente tanto cinismo. E agora? Vão pedir o apoio dos militantes como se nada tivesse acontecido? Vão sentar lado a lado o gajo que lixou a vida ao pé do gajo que ficou com a vida lixada? Ai que lindo, e isso não dá porrada pá? É claro que os culpados disto tudo são os militantes que não sabem ser sem-vergonhas.

Quem não fosse militante deste partido onde os líderes dizem e fazem o que lhes apetece, põem os militantes a brigar mas estão sempre juntos para se alambasar do poder. Afinal não há social-democracia, há instinto de poder a todo custo. Viva a verdadeira amizade, porrada nos animais da Renovação que lixaram a vida a toda gente só fora da sede porque não queremos gajos ensanguentados na fotografia.
6 de Janeiro de 2015

20 de Janeiro de 2019

Cuspir no prato onde comeu

03 NOV 2014 / 03:00 H./ Miguel de Sousa

O criador quer matar a criatura. Esta é a nova e repetida ofensa do ‘educado, gentil e carismático’ líder do PSD. Acusa todos, os que não lhe dizem ‘ámen’ e não lhe fazem a vénia reverencial, de “cuspirem no prato onde comeram”. Tanto quanto ele. Só pode ser.

É desta forma (a)normalmente ofensiva, que o ainda presidente insulta aqueles a quem pediu sucessivamente para ocuparem os cargos e desempenharem as funções que sabia sozinho não poder assumir. Não porque não se achasse capaz de absorver em si a universalidade dos poderes que o PSD herdou em eleições sucessivas, mas porque precisava a quem responsabilizar pelo mal feito e a quem ter para demitir e substituir: os tontos.

A parceria Jardim/Ramos, dupla que ainda hoje baralha tudo e todos, põe em causa a seriedade de umas eleições que deviam ser livres, correctas e isentas, e que, pelo contrário, vão envergonhar tanto o PSD como os seus responsáveis.

O Dr. Alberto João Jardim devia ser o primeiro a querer sair com honra e pela ‘porta grande’. Deixar o PSD seguir o caminho desejado pelos seus militantes. Liderado por quem livremente escolherem. Recordarem-se com orgulho do líder que levou a Madeira à Autonomia, ao desenvolvimento colectivo e à emancipação individual de cada um de nós. Ser o nosso herói histórico.

Ao invés, não cessa de usar todas as mais indignas e traiçoeiras armas de arremesso para atingir e atropelar os que o ajudaram a fazer História, mas que repudiam estes últimos anos de abusos, atropelos, irresponsabilidade, destruição das finanças públicas e condenação a décadas de sacrifícios que o povo não merece.
Não é verdade que temos mais desemprego e pagamos mais impostos que os outros portugueses? Que temos o custo de vida mais caro em Portugal? É justo? Estamos de castigo? Não se deve à exigência de Jaime Ramos de mais e mais obras para alimentar um sector ávido de adjudicações para manter os ‘vampiros’ das finanças regionais? Não ficou Cunha e Silva com as sociedades de desenvolvimento e, agora, com as obras públicas do governo?

Em paralelo com Albuquerque na Câmara? Perdida a Câmara, resta tentar segurar o governo, através do PSD. A última fuga para que não seja o seu fim.

Jardim está a ser pior com os seus próprios colegas de partido, aqueles que o ajudaram a ser líder, do que com os seus adversários. Está a ser pior com o seu próprio partido, do que com os partidos da oposição. COMO SE O CRIADOR QUISESSE MATAR A CRIATURA!

Jardim e Ramos querem continuar a mandar. Reinar! Para tal dividem tudo muito bem dividido. Muitos candidatos. Quantos mais, melhor. Dois ‘paus mandados’ do governo, não são suficientes. Já foram queimados. Têm muitas culpas no cartório! Manda o Ramos avançar e diz-se surpreendido. Ramos que, em 1993, colocou Miguel Albuquerque na presidência da Câmara do Funchal, em vez de Sérgio Marques. Já lá tem o filho Jaime Filipe com os seus fiéis. E Jardim continua a ser o maior promotor da campanha de Albuquerque. O seu verdadeiro ‘abre latas’. Se ganhar, o Albuquerque que agradeça a Jardim, porque só a ele fica a dever. Uma candidatura esvaziada por falta de substância e intervenção, agora que não tem palco nem piano, e que vai sendo alimentada pela obsessão de Jardim em o ‘eleger’. Vejam nos compêndios de marketing político e leiam Maquiavel. Tenho um exemplar oferecido por Jardim. Posso emprestar. E recordem-se do recente brinde com Madeira Wine. Não há brindes gratuitos.

É a trilogia Jardim / Ramos / Albuquerque que se prepara para continuar o domínio implacável da vida política madeirense. Todos dão ideia de estarem às avessas mas projectam um candidato comum. Se assim foi nos últimos anos, como esperam que seja nos próximos? Um “pratalhão” para “comilões” insaciáveis.

Já se esqueceram das últimas eleições internas? Albuquerque ganhou. Ramos deu chapelada. Albuquerque não protestou. Jardim continuou. E agora...

Como pessoa de quem muito gosto escreveu: cuspir na própria sopa é muito feio, mas cuspir na sopa que se partilha com outros é... nauseabundo.

PS: É preciso explicação para os 21 por cento mais de óbitos no primeiro semestre de 2014 que em igual período de 2013.

Miguel de Sousa
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