A Lista


Quando se fala em eleições, fala-se de listas. Ter o seu nome na Lista em lugar elegível é um bom prenúncio para uma carreira política de sucesso. Se bem que nos partidos pequenos o único nome que conta é o do primeiro, nos partidos ditos da área da governação, até ao ultimo eleito na legislatura anterior é bom.

Num partido destroçado como o PSD, convém ir buscar os dissidentes de peso por isso há que ter muito cuidado e bom senso na elaboração das listas. Depois de vender a alma ao diabo (Jardim), Miguel prepara-se para vender o resto do corpo a mais meia dúzia trocando apoios por lugares elegíveis.

Miguel percebeu finalmente que é melhor manter os seus inimigos por perto do que tê-los a roer a corda do outro lado, e ele sabe que não é difícil manipular alguém com uma persuasão quase impercetível se lhe dermos umas cenouras.

E a piada disto tudo é que o PSD prepara-se para dar a estocada final nos ditos renovadinhos. E por isso não tenhamos duvidas que Miguel traiu tudo o que há para trair dentro do PSD, e a rir deve estar o velho jarreta que, com o seu relatório de combate, voltou a ter o seu partido na mão.

Sem ninguém se aperceber negoceia-se à surdina posições na Lista porque vale tudo por um voto, desde eliminar amigos e pessoas de confiança em troca de mais meia dúzia de votos.

Aos ingénuos dos renovadinhos resta enterrar os mortos e cuidar dos feridos, e esperar por outra oportunidade, porque já não fazem parte desta Lista.

E que ninguém se esqueça que com Anonas e Bananas já se faz uma salada de fruta.

"A política é quase tão excitante como a guerra e não menos perigosa. Na guerra a pessoa só pode ser morta uma vez, mas na política diversas vezes"

Winston Churchill