O marketing do PSD Madeira anunciou que o Comício do PSD no Porto Moniz foi um grande sucesso, mas na verdade não foi bem assim. Não fossem as camionetas cheias de militantes trazidos do Funchal e o Comício teria ficado às moscas. Sem errar muito, estiveram quatro pessoas das Achadas da Cruz, cinco da Santa do Porto Moniz, três da Ribeira da Janela, cinco do Seixal, e dois da Vila, num total de cerca de 300 pessoas que vieram do Funchal.
Diz quem lá esteve que durante largas dezenas minutos, e antes da chegada de Miguel Albuquerque, o orador de serviço apelou por várias vezes que os presentes se aproximassem mais do palco para dar um ar mais compacto ao Comício e nem as canções dum tal Ruben aqueciam a parca assistência com um ar infeliz. E não fossem as inúmeras bandeiras, ter-se-ia visto muito espaço vazio.
E uma prova disso foi ver na assistência, a abanar bandeiras, o todo-poderoso Jardim Ramos, o manhoso do Jaime Lucas, o incrédulo Rui Nelson, entre outros muitos quadros importantes do PSD.
Um outro quadro importante do PSD, que esteve presente, confessou desiludido que é preciso repensar tudo de novo e que, aconteça o que acontecer, depois de 22 de setembro há que repensar este PSD porque “o Prada está a fazer tudo errado”.
O Comício começou com o Discurso de Valter Correia que foi um atentado à inteligência e que não entusiasmou a assistência, e que por isso valeu zero. Sinceramente não se percebe porque é que o PSD mantém a confiança política numa figurinha que não tem a simpatia do povo do Concelho.
E se tudo isto já não fosse preocupante, soubemos, de fonte muito próxima de Miguel Albuquerque, que este não ficou nada satisfeito com o que viu, e notou-se isso no seu discurso falhado.
A desilusão viu-se na cara dos presentes |
Sinceramente este discurso de Miguel Albuquerque já não convence ninguém e muito menos as bases. O medo do inimigo externo já foi chão que deu uvas, o colonialismo de Lisboa já não assusta ninguém, e o pior, é que com este discurso, fica por explicar como é que o PSD vai lidar com os socialistas que provavelmente vão ganhar as eleições nacionais.
A dissertação foi curta, e cinco minutos depois de terminar, e enquanto algumas bailarinas ainda dançavam no palco, já não havia ninguém na assistência. Triste, muito triste!
Definitivamente o PSD perdeu as suas bases e é agora um partido de queques, e só outro líder pode trazer a motivação que o PSD precisa para voltar a ganhar eleições.
É este o fim anunciado do PSD?
"O discurso de grande parte dos políticos é feito de lugares-comuns, incapazes de entenderem a complexidade da condição dos nossos países e dos nossos povos. A demagogia fácil continua a substituir a procura de soluções"
Mia Couto