APRAM e OPM voltam a lesar a Madeira


A incompetência e a ganância continuam no Porto do Caniçal.

A incompetência porque voltou a ser provado que a APRAM e a sua presidente alhearam-se totalmente da responsabilidade de gerir os portos da Madeira. Está por descobrir se é simples incompetência de uma administração colocada apenas como prémio de boa militância no PSD-M ou se estão a ser extremamente competentes a lutar pelos interesses de privados, em detrimento do interesse público, por razões ainda mais graves.

Ganância porque o operador OPM utiliza a propriedade pública, cedida a custo zero, e até os seus próprios equipamentos até estoirar, não se preocupando com a boa gestão e planificação que resulta num dia como o de ontem. Tudo engonha ainda mais com funcionários fartos de ser impossível de ter brio que, cansados de avisar, metem férias no colapso ... como o engenheiro das ordens de serviço.

A ganância que aguarda que toda a despesa seja suportada por outros impede a rápida resolução e reparação dos problemas - veja-se ao tempo que está avariada uma das gruas de levantamento vertical (Outubro de 2017), ver publicação de ontem. Como se isto não bastasse, ainda tentam utilizar os seus funcionários da mesma maneira, forçando à realização de horários de 24 horas, ou mais, para tentar minimizar a gestão incompetente (conforme esta notícia do DN).

A somar a isto tudo, continua também a mentira! O administrador da OPM insiste em todas as vezes que a "sua" RTP lhe mete um microfone à frente em branquear o favorecimento que a sua empresa presta ao operador do seu grupo em prejuízo da concorrência:
"Quem chega primeiro é servido primeiro, mas nunca ficam todos os meios apenas num navio", quantas vezes já ouvimos isto?

Mas como no CM não costumamos falar por falar, vamos a um exemplo:

Escalas para 16 Abril no Caniçal - fonte: APRAM

Dia 16 de Abril de 2018: no cais norte do Porto do Caniçal estava escalado o navio Monte da Guia da Transinsular que chegou às 11:59 horas mas, como a hora de almoço "meteu-se" pelo meio e às 13 horas chegava o prioritário Funchalense 5 do Grupo Sousa, nenhuma das gruas verticais foi movimentada para serviço ao Monte da Guia, obrigando este cargueiro da "concorrência" a utilizar as mais limitadas e demoradas gruas de bordo:
Navio Monte da Guia a trabalhar com as gruas de bordo, 16 de Abril de 2018.

Com a atracagem do Funchalense 5 às 13 horas, mais uma vez, todos os meios de levantamento vertical foram alocados a este navio:
Navio Funchalense 5 a trabalhar com todos os meios disponíveis da OPM, 16 de Abril de 2018
A história do primeiro a chegar é primeiro a ser servido cai por terra mais uma vez! Não são casos pontuais, continua a ser regra no Caniçal e o Governo Regional continua a assobiar para o lado. Quanto mais mentem mais se enterram.

Ampliar DN de hoje.
Na peça da RTP-M, depois de uma fuga para a frente de Lígia Correia da APRAM, porque ainda assim o seu tachinho está primeiro do que o Grupo Sousa, nas perguntas da jornalista da referida estação, a sua mente lenta e incapaz de gerir a APRAM, vacilou e saiu do papel de moderadora do caso para afirmar "mas é a opinião dele" quanto à queixa da Transinsular.

Lígia Correia ainda tem a lata de dizer "o que precisamos de saber é o que aconteceu", a senhora não acompanha nada, está completamente nas mãos da opinião do monopólio. Que peça de mau teatro! O que sucede é que a promiscuidade entre APRAM e Grupo Sousa é total e anda a coordenar mal os argumentos. Estão permanentemente a falhar pensando que andamos todos a dormir. A única maneira de não falhar é defender os interesses da região!

Ficam as palavras do contraditório com notícia do Diário de Notícias de hoje e ainda a peça da RTP-Madeira, do Telejornal de ontem, que convidamos a visionar em seguida. Retire a sua opinião.

25 de Abril sempre! Abaixo a ditadura!


Nota: esperemos que a "enésima" injecção de capital, desta feita de 21 milhões, não tenha uma parte para consertar equipamentos do privado para deixar os do governo em estado deplorável.