Enquanto os políticos nos entretêm com nadas, vejo muito convencimento na política regional. O PSD-M ainda se acha grande e manipulador, observa-se a aflição na exacta medida dos "cordões à bolsa", com as finanças regionais a suportar tachos, arraiais na Quinta Vigia, negociatas para prender, cheques ao pobre, Casas do Povo, etc. O PSD não trata de nada, quer comprar feito. O CDS acha-se sempre bengala de qualquer coisa, pensam que terão alguma oportunidade por algum lado enquanto sangra do seu eleitorado e é cada vez uma bengala mais curta para dar jeito a alguém. Dizem até que são a alternativa aos partidos que se perfilam pelos lobbies como se não o fossem também. Cafôfo e o PS acham que basta estarem calados que o poder lhes cai nas mãos quando, sem nada dizerem, parecem estar mais satisfeitos com as migrações dos lobbies para o seu "projecto" do que conquistar o eleitorado que recebe cheques por, quase norma, fora do Funchal
Os lobbies estão a mudar de lado? Senhor Cafôfo, a base eleitoral manifesta-se de 4 em 4 anos, pelo meio parece que não vale nada porque os políticos fazem o que lhes apetece sem sentido de respeito pelos compromisso (se de facto os houver, por isso andam calados) e raras vezes se sintonizam pelo que o povo deseja. Se está a pensar que o PSD Madeira vai dar isto de mão beijada porque o o senhor é a única alternativa ponha-se a pau, acho que está no mesmo caminho de convencimento da Renovação.
Em todos os partidos há um tremendo medo de abrirem-se de facto à sociedade civil porque cada unidade pensa no seu futuro e não no de todos, não têm perfil para estar num partido que deveria comungar por valores contrários. Por essa razão os valores marginalizados ... marginalizados ficam e os partidos são de uma pobreza franciscana aterradora. Ganhar o poder é um sprint, até se pode lá chegar com um pequeno pacote de tretas, o problema é governar, como já vimos o que sucede com a Renovação. Temo, ou melhor, acho mais do que certo que é impossível fixar gente valida, ficam os somenos.
A demografia da Madeira também sangra porque não nasce por falta da economia, dita pujante, para todos os cidadãos. As pessoas partem cedo para se adaptar a outros meios com mais oportunidades do que nesta ilha exclusiva, a de poucos, com muito desemprego ou fracas opções profissionais mas muita patifaria de sucesso. Os que de certeza ficam: os velhos, os do infortúnio, os que têm garantia de estar nos esquemas dominantes. É tanto verdade que os políticos vão agora para Londres cativar o voto. Portanto, na ilha fazem tudo para que emigrem por falta de condições, ordenados e oportunidades e depois têm a distinta lata de confirmar o mau trabalho indo a Londres conquistar os votos. Sintomático.
Ainda no espectro político penso estarmos expectantes (os sem conotações políticas) sobre o que significa a dedicação da JPP às causas do povo, mais uns a nos enganar que só ficam na dúvida por falta de histórico? Veremos. E o Bloco de Esquerda? Acabou o mofo marxista trotskista mandelista radical com uma nova era de gente nova mais focada nos problemas do povo, dos jovens em particular? Ou prosseguem nos dogmas ideológicos de uma família política? O PCP, esse fica para museu, não há um rasgo de inovação ou adaptação. E os restantes pequenos partidos? Esses que só reúnem a família nos eventos. Porque não cativam? O mesmo descrédito na política.
O futuro é de "todos ralham e ninguém tem razão" e ao povo resta-lhe um triste fado que talha com seu machado as tábuas do seu caixão ...