O fim do ferry

Domingo, 07 de Julho de 2019 11:17

Texto, título e recorte enviados pelo autor.

E pronto, a conjuntura ideal para matar a questão do ferry está a dar frutos, não se faz promoção com vontade de sucesso, não se cria condições de viabilidade, os madeirenses estão mais preocupados com festas, os investidores estrangeiros há muito que deixaram a região cepa torta. Não há pachorra. Parabéns ao conjunto de idiotas que conseguem fazer com que esta região seja gozada.

Aqui ao lado, as Canárias, vão já com 3 companhias de ferries a fazer ligações das Canárias ao continente espanhol. Então como é isto? O palhaço do Albuquerque diz que estamos há 70 meses a crescer e não conseguimos viabilizar um por semana? Estamos com uma solução que todos os anos arranca do zero para nada!

Rui Albuquerque Gouveia, mais um fantoche gestor de um Grupo Monopolista verte lágrimas de crocodilo ao confirmar o insucesso, imagina-se o gestor com brio, não estivesse ele ao serviço do assassínio do ferry na Madeira. Este purgante pensa que todos nós madeirenses somos acéfalos, temos que nos convencer que o ferry dá desde a Madeira para o Porto Santo porque é do interesse do Grupo Sousa mas que com dois destinos ou centralidades muito maiores já não dá porque o patrão tem porta-contentores? E porque não testam esta solução sem carga nos porta-contentores?

Quer-se ferry livre de condicionamentos e má vontade, com passageiros, carga e do Funchal com escala no Porto Santo para depois seguir para Lisboa, e vice-versa.

Numa altura em que nada se resolve no medonho SMRA - Subsídio da Mobilidade para os Ricos que podem Adiantar, com preços exorbitantes nas tarifas da TAP e um modelo que só funciona para se roubar dinheiro nalgumas agências, vão me dizer que o ferry não é espectacular para uma família numerosa ter uma solução financeiramente viável para desenhar umas férias com o seu carro?

O ferry é viável todo o ano com carga e eventos, deixando a economia funcionar sem manipulações governativas nem suicídios de monopolistas. Então o Governo consegue gastar milhões para um ferry não funcionar, o Monopolista consegue explorar a linha para perder com o subsídio de milhões usando um navio do armador expulso e não conseguem pôr a linha com sucesso? Só têm engenho para destruir seus malandros? Onde anda a promoção decente e a vontade de criar certezas para se poder investir? As agências de viagens, os organizadores de eventos, os empresários, as famílias a contar com datas e horas certas todo o ano para haver rotinas e assentar negócios em certezas? Porque é que o magnata dos porta-contentores não pratica este modelo de suicídio do ferry aos seus porta-contentores. Segunda vez que pergunto. Bandalho, vá lá gozar com a cara de quem o pariu.

Extinguir a solução ferry é perfeita para todos menos o povo e empresas.

Quem quiser ficar com a experiência de viajar no ferry entre a Madeira e o Continente deve fazê-lo já, a boa vontade desta gente da bipolarização é nenhuma, se dos PSD já vemos o resultado, dos PS com o militante do PSD lá metido (e seus pupilos) não me venha dizer agora que vai jogar contra os seus negócios dos contentores. Toda a conversa de campanha é treta.

A RTP-M fretista cobre o insucesso com a sagacidade de satisfazer o dono por usucapião, de novo DTT do monopólio dos portos e cargueiros. Deve ter ficado radiante por captar imagens de vendedores de frescos a dizer que o ferry não é viável, um contra-senso de constar num programa humorístico noutros sítio que conheçam a funcionalidade de um ferry. O DN, rata velha, dá factos, não faz comentar nem faz investigação. Porque dá noutros sítios mas não na Madeira?

O ferry não é um capricho mas através dele vemos claramente como a Madeira está-se a matar com cada um a olhar para os seus interesses e não para os da Madeira, a alguns dão ou prometem algo e eles ficam calados, comprados. Outros não dizem a verdade para não sofrer represálias. A solução do ferry não é criada para Lisboa nem com carga. Vamos mas é emigrar e deixar a Madeira para bandalhos.

Pelo atrás exposto e muito mais, que não é momento de tratar, a 22 de Setembro vou votar num partido que quebre com esta forma de castigar permanentemente a população da Madeira, só para alguns manterem os seus impérios e monopólios. Estivemos 40 anos a fazer crescer monopólios contra nós, é hora de começar a votar em quem quebre esta loucura de Governantes e enriquecidos com o nosso dinheiro que andam a gozar na nossa cara e a nos retirar qualidade de vida ... a nos pôr a pagar custos exorbitantes de vida.

Precisamos do fim do ciclo onde o contribuinte madeirense tem os mais altos impostos do país para pagar as dívidas que enriquecem meia dúzia de monopolistas que atentam contra a nossa vida e da sociedade em geral.