E se tívessemos nascido cão ou gato?

Peço desculpa por trazer estes assuntos ao Correio da Madeira mas sei que vocês têm muita divulgação e quero passar uma mensagem.

Quem anda atento percebe pelas notícias como o bicho homem é mau para a natureza, como altera os equilíbrios ténues do bem estar que o ambiente nos proporciona. O homem não sabe parar e mudar o seu egoísmo. Procura riqueza sem saber que já a tem por viver num planeta tão singular ... e não encontra outro. A incessante procura de alternativa parece que já desistimos deste e sabemos que precisamos de outro planeta porque vamos esgotar este. O homem para viver não deixa viver.

Quando cada vez mais ocorrem fenómenos meteorológicos severos ou anómalos em certas partes do mundo. Quando os incêndios florestais parecem inevitáveis e queimam mais depressa do que nasce. Quando líderes idiotas são eleitos e incentivam um caminho contrário do que precisamos, como a destruição massiva da Amazónia. Quando a actividade económica inova pouco e continua a poluir em contra-ciclo com as necessidades ambientais para mitigar as alterações climáticas. Quando a nossa diversidade na flora e fauna minga catastroficamente, perdendo-se milhões de anos de lento desenvolvimento que contém segredos que nos levariam a novas descobertas para o nosso bem estar na saúde e ciência. Quando cada vez mais proliferam as monoculturas do que dá dinheiro e se derrubam florestas inteiras para produzir óleo de palma. Etc, etc, etc.

Vemos que o bicho homem não pára e só me lembro do filme "O dia em que a terra parou" onde um alienígena, interpretado por Keanu Reeves, chamado Klaatu, vem à Terra para avisar os humanos sobre uma crise global que está por vir. ele traz o conhecimento da sua espécie que passou por algo similar e querem levar todas as espécies da Terra em grandes esferas para realizar a destruição de tudo o que o homem criou. O homem na sua grandeza de domínio do planeta fica na expectativa de ser reduzido a nada ...

O madeirense acha que está sempre longe de tudo e vai vivendo à margem, não encara, é o centro do mundo mas a solução dos problemas são os outros que resolvem porque a culpa é deles. Não é bem assim, se existimos, temos a nossa quanta parte de responsabilidade, não somos nada diferentes dos outros. Também não respeitamos a natureza. Com caminhos das ginjas na Laurisilva, com a betonização da ilha. Com a cultura de peixes em cativeiro para degradar a qualidade das águas do mar em zonas límpidas ...

Chegamos à mensagem ... no trato aos nossos animais onde casos surgem dia-a-dia de total desrespeito. Quem tem animais em casa, que os estima e tem um verdadeiro relacionamento de igual para igual, sabe como fazem parte da família e têm personalidade, vemos o sentir porque muitas vezes devolvem-nos com atitudes o trato que lhes damos. Estimamos porque vamos mais longe a conhecer como cada um é e vemos que mesmo desprovidos da nossa suposta inteligência, eles têm a sua e sentem, ficam tristes e amargurados, quando a experiência é má ficam impotentes à nossa mercê neste novo ambiente que criamos, afeiçoado a nós humanos e não a contar com eles.

Se a reencarnação existe que nunca tenha o azar de lhe sair em sorte o animal que maltrata.

O resto fica dito por imagens no link que envio. Porque o CM tem a condição do anonimato, não sou a pessoa que publicou as imagens, sou outra pessoa que partilha a crueldade humana.

Obrigada pelo vosso tempo e publicação.