O estaleiro da educação



Texto da leitora Pamela Santos
Enviado às 15:13 / 31-01-2018
"O estaleiro da educação"

A educação e a saúde sofrem na Madeira, só há dinheiro para obras. Neste quadro o Vice-presidente rapou os tachos para dar às obras, na educação tirou 8 milhões. O Vice-presidente e o Secretário da Educação levam papel higiénico para o trabalho? Têm computadores a funcionar? Acartam material de casa para poder trabalhar? A educação é péssima para dar negócios aos amigos, roubam à escola pública para dar 25 milhões à privada. Os sindicatos fingem trabalho, não reivindicam os direitos a descongelamento, à progressão que o SRE já assumiu que seria realizado na RAM, na palavra, mas não na ação. Nos meandros dizem que o secretário controla toda gente através dos que fazem o favor de inquinar a vida dos professores para receberem benesses. Há um conjunto de elite, diretores de escolas e presidentes de conselhos executivos, preocupados em manter-se vitaliciamente nos cargos, por isso não se preocupam com as condições de trabalho dos seus docentes e não docentes, não reivindicam, são “gajos” porreiros, os governantes gostam. Assim há elites premiadas com melhores horários, atribuição de projetos sem objetivos nem resultados. Os docentes que não alinham ou criticam ficam fora e são perseguidos silenciosamente, pelos grupos com estatuto de intocáveis, criando-se pequenas ditaduras. A tutela não intervém porque são os seus bufos e de onde emergem os dirigentes das escolas, os vassalos que conseguem tacho fora dela que atraem outros serviçais com seu círculo de amigos e familiares, a casta superior que decide o futuro da esmagadora maioria. Nesta categoria voltam a estar as gentes dos sindicatos, silenciados pela dispensa sindical, muito maior do que as autorizadas mas ofertadas pela SRE para não estarem nas escolas a dar aulas naquele ambiente de desrespeito que a secretaria promove. Alguns, ainda mais protegidos, ficam com algum projeto ou destacado em algum organismo “amigo”. Analisando a origem profissional e o estatuto do secretário e dos diretores regionais com maiores responsabilidades na organização e gestão das escolas, logo se verifica que se enquadram na tal elite, um até é fiscal das suas asneiras no passado. Todos têm a vida projetada, o secretário sonha ser diretor da Jaime Moniz quando acabar o reinado do PSD em 2019. A conveniência e conivência fazem os esquemas, as condições de todos não são prioridade, utiliza-se desempregados sem vínculo como mão-de-obra barata. Governar não é controlar a educação, é dar condições e cumprir a lei para se educar mesmo.