Governo Incompetente



Dizem que o CM bate muito no Governo e no PSD-M, confirma-se. Porque o PSD-M é o partido liderante e incompetente do momento, com um governo destes onde pontificam elites que nunca souberam o que é vida de cidadão comum será difícil saber governar para as necessidades do povo. As elites estão metidas com as elites e seus problemas. À oposição basta-lhe fazer de morta e evitar o arroz de lapas. O Governo de Miguel Albuquerque não deve estar chateado por ser visado, deve é trabalhar, governar com os melhores mas meteu-se num buraco de onde não sai nem quer sair pelas próprias palavras do bi-presidente, do PSD-M e do Governo. Em vez de dar a mão à palmatória insite em acumular mais incompetência

O Governo de Albuquerque está a trazer o PSD Madeira ao charco. Qualquer um dos governos, na versão 1 ou 2, e respectivas adendas infelizes, estão a dizer que o PSD-M já não é o único partido de poder regional ao fim de 40 anos de Autonomia. Isso é perigoso para o PSD-M, aos autores do CM só lhes cabe comentar com verdade para que os leitores comprovem, tudo isto numa altura onde a oposição confia mais do que nunca.

O PSD-M marginalizou toneladas de conhecimento, máquina, carisma e formação governativa. Agora está no mesmo barco da oposição, tanto faz Albuquerque ou Cafôfo, ficaram pela mesma bitola para sonhar com o poder e temos um exemplo. Na Assembleia Regional o PSD-M tratou de descer o nível para ficar no patamar da oposição e esta até brilha mais porque aos deputados do PSD-M, eleitos para estarem calados ou fazer fumaça, está vedada a notoriedade positiva por não assumir o verdadeiro papel do deputado. Todos estão no gamelão da boa vida.

A incompetência é tanta que o PSD-M saiu da área de criar condições, instruir processos, legislar e orientar de forma que o mercado funcione para passar a ser quem executa, simplesmente porque o processo governativo falha com gente incompetente e agora sente a necessidade de fazer ele próprio o trabalho a ver se não falha. É uma forma de enviar novamente as culpas a terceiros. Recentemente às agências de viagens.

Os casos dos charters da Páscoa, onde no segundo voo o Governo Regional chama a si a venda das passagens, num novo emaranhado de "inovações" para obter razão, é uma evolução governativa na asneira. O Governo não sabe os limites do seu poder e confunde o seu papel para avançar na asneira, se não vejamos.

A venda de passagens aéreas têm regras e uma agência de viagens para vendê-las requer licenças e autorizações, requer uma caução, requer terminais e certificação IATA, requer contactos e agilização de processos. Lembram-se do caso Mijinhas com sua "inovadora" agência de viagens? No que acabou? E o GR já consultou a RNAVT ?



Se isto for difícil de traduzir por miúdos pense no seguinte, se o charter for vendido por pessoas sem experiência aos balcões da Loja do Cidadão, sem terminais e contactos, se o esquema de pagamentos por multibanco funcionar e a relação do Governo com a SATA não tiver desafios ou eventualidades a coisa corre bem. Aparentemente, o GR vai se vangloriar com o sucesso e é bom que fique por aí a gozar da sorte dos principiantes porque, se o aeroporto estiver inoperacional (agora pode-se dizer pela frequência) ou houver um impedimento na curta frota da SATA, quem vai alojar os passageiros pendurados? Um charter é um aluguer de avião, quem o aluga acarreta com as responsabilidade da exploração e os riscos do negócio, a companhia só está contratualmente responsabilizada em fazer o voo de A para B e vice-versa (neste caso), sem culpa imputável nas condições climatéricas. Se suceder, qual é o cabimento no orçamento regional? O Governo põe os serviços como a Saúde a pão e água e depois entra em desvarios? Comprará Ad-Hoc para salvar a situação? Se houver um impedimento o Governo Regional vai pagar alojamentos em hotel, tratar dos transferes, tratar da reprogramação em que balcão e para que número de telefone?

Outros pormenores, a única loja do cidadão que trata das passagens é no Funchal mas os alunos estão em Lisboa, é LIS-FUN-LIS, muito bem, perdoa-se e diz-se que os país tratam, alguém daqui. Paga-se de multibanco a que entidade? Ao Governo promotor da viagem ou à companhia aérea? Só pode ser ao GR por lógica comercial. Uma verdadeira inovação Ad-Hoc. É melhor abrir uma empresa pública para mais tachinhos. E agora? Daqui para a frente os estudantes passam a estar pendentes das viagens do GR que passam ao lado do mercado das viagens? Concorrência desleal?

Esta situação será replicada nas obras do Governo da orla marítima (ver a excelente publicação do CM)? Os funcionários da secretaria do Amilcar vão agora, à entrada do serviço, receber uma picareta, capacete, luvas, pá, etc, para no caso de numa eventualidade poderem avançar? E na Saúde? E em todas as outras? E o povo? Pode ir à Quinta Vigiar recambiar o presidente e instalar uma solução que funcione? Podemos ir à Assembleia Legislativa Regional colocar aqueles Renovadinhos abestalhados de parte e começar Ad-Hoc a fazer leis que protejam os cidadãos da incompetência e da voracidade dos lobbies?

O que falha meus senhores é o Governo do PSD-Madeira ser incompetente para gerir, criar regras e legislar. Por essa razão, por aflição de estar cada vez mais enredado nas suas trapalhadas (e mais ninguém querer se relacionar com um governo incompetente) é que o GR toma a iniciativa de fazer ele próprio. A partir deste momento as agências de viagens têm todo direito de dizer:

- Agora que vos deu a esperteza,
marquem vocês as passagens e paguem à cabeça
em vez de virem para aqui dar calotes
com as viagens do Governo!


Mas há mais, estamos a evoluir no negativo, é de conhecimento do povo que os concursos para emprego, fornecimentos e obras no Governo estão "mafiados" mas isso não chega e o Governo, que só trabalha com "clientela fixa", decide agora ser promotor parcelar de negócios, é bem diferente de ir a inaugurações, agora participa na promoção de negócios privados criando injustiças sobre os restantes players desse mercado nas mais diversas áreas. É a nova ajuda nos negócios dos seus amigos quando deve Governar para todos.

O exemplo do charter da Páscoa é um mas o que dizer da incursão de Pedro Calado na imobiliária ao lado de um "artista" que faz obras sem ir à câmara, que mexe nas vias públicas com "autoridade"? Patrão de um filho da Renovação depois do sucesso assistido da "SociAFA" que é o maior com seu dono e patrão. E Pedro Calado, que fazia antes de ir para o Governo na sociedade com Miguel Albuquerque ... pois claro, bens imobiliários na Madeira e no mundo. Como tudo isto encaixa!

Que raio de futuro vamos ter com um Governo que suga as oportunidades e coloca o erário público e a notoriedade em condomínio fechado? O PSD-Madeira já não precisa de povo nem de eleitores, muito menos de sociedade civil e ideias, já ganha SOZINHO.

O senhor Vice baralha tudo, seu mundo é o das facilidades da AFA com que chegou ao poder. As famílias madeirenses para as quais governa são participantes no seu boom do imobilíário? A descida do desemprego é ao estilo dos 100 colaboradores da tal imobiliária que agora promove e que ganham à comissão sem vinculo decente à empresa? Creio que muitos dos militantes de "rabo" do PSD-M, que deu guarida ao senhor Pedro Calado, não lhe reconhecem historial para ser Vice-Presidente mas agora qualquer marmanjo chega lá. E é aqui que está a queda livre do PSD-Madeira, está-se a desligar do seu eleitorado base e a hostilizar largas fatias profissionais.

Isto está tudo calado porque estão a ver que está tudo errado!
O poder está a la carte.