Sou da geração do Sexo, das Drogas e do Rock’n Roll. Sou da geração das festas, das orgias, e da canábis, ou seja, já passei por quase tudo, sobrevivi, evoluí, e hoje sou um pai orgulhoso, que a única coisa que não tolera é o idiotismo rasca.
E rasca e idiota, é convidar para um lanche uma empresa privada que tem interesses económicos no mercado público. E por que carga de água? Não existem conflitos de interesses? E quem paga o lanchinho? A empresa, ou os nossos impostos?
Mas o bom mesmo é que, em vez de uns brioches e umas cervejolas oferecidas pelo cervejeiro, seria uma orgia com gajas nuas, muito álcool, e drogas. Isso sim seria de Homem!
E já estou a imaginar o clímax da orgia onde gente depravada trocava sexo por votos, sendo que uma relação homossexual valia dois votos, um ménage à trois dez votos, e sexo com o anfitrião cinquenta votos, com a vantagem de lhe trazer à memória o saudosismo da sua juventude irreverente na Suécia.
E a meio de sussurros e gritos de prazer, a orgia prolongar-se-ia até ao êxtase, e lá para as duas da manhã, ao som do Love is in the air do Paul Young, introduziam-se na festa os dildos de cor laranja com pilhas Duracell, que como se sabe, duram, duram e duram. E lá para as seis da manhã, os que ainda estivessem em pé, iam para a saída das missas fazer campanha. Isto sim seria uma festa benemérita digna do nome e não uma porcaria de lanche que nem dá para matar o bicho.
E já agora, por curiosidade, quem se segue? Os funcionários da Porto Santo Line? Os do Pestana? Os trolhas da AFA? Ou os dois únicos funcionários da tasca do bexiga?
Vale tudo por um voto? Volta Jardim, estás perdoado!
"Não há paixão mais egoísta do que a luxúria."
Marquês de Sade