Votei Miguel Albuquerque tal como votei Pedro Passos Coelho e os dois desiludiram-me. Mas verdade seja dita, Pedro Passos Coelho foi mais honesto, porque lixou-nos com convicção mas disse-nos na cara!
Pelo contrário, Miguel Albuquerque mentiu. Prometeu o céu na terra aos madeirenses. Prometeu romper com o sistema. Prometeu - custe o que custar – transportes marítimos mais baratos. Prometeu um serviço regional de saúde justo e eficaz. Prometeu viagens aéreas justas. Prometeu criar novas oportunidades aos jovens. Prometeu reduzir o desemprego. Prometeu uma estratégia orientada para o social em vez do betão. Ou seja, prometeu tudo para ganhar as eleições e ganhou!
Depois de eleito, nada correu bem a Miguel Albuquerque. Eliminou os camaradas de partido que o colocaram lá, e foi buscar os imbecis porque não lhe faziam sombra, e o resultado é que não demorou muito tempo para perder vergonhosamente as Autárquicas. Encostado à parede, e de cabeça perdida, remodelou o governo, colocando lá os que abominava. Foi um sapo duro de engolir mas o poder justifica tudo!
Com tantas promessas, e passados quatro anos, a economia continua nas mãos dos mesmos e o mercado viciado e inquinado. Onde estão os novos investidores? Como é que a economia pode crescer sem novos Players? O CINM é uma trapalhada! As viagens são uma trapalhada! A saúde é uma trapalhada! O desemprego é uma trapalhada!
O resultado é o que é, e de uma esperança de crescimento, os indicadores indiciam uma nova crise económica. Se pararmos para pensar, nestes quatro anos, as únicas novas oportunidades que o Governo de Miguel Albuquerque criou foi para os jovens do seu partido, os outros emigraram à procura de uma vida melhor!
E a consequência deste descalabro político é que a divida subiu e regressamos à velha estratégia dos tempos de Alberto João jardim: os próximos que vierem que apaguem a luz e fechem a porta. Haja é dinheiro para festas e inaugurações!
A grande verdade é que nos dias de hoje o esclavagismo laboral voltou, as pessoas trabalham mais e ganham menos, os velhotes contam os trocos da reforma para um medicamento que lhes prolongue a vida, e os jovens matam-se com Bloom.
Já ninguém acredita em nada, e a última abstenção eleitoral é um grande indício do início do fim da democracia!
Será que chegamos a tempo de evitar o apocalipse?
“Se, pois, alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! ou: Ei-lo aí! não acrediteis; porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios; de modo que, se possível fora, enganariam até os escolhidos.”
Jesus de Nazaré