Ontem o JM inaugurou as suas novas instalações e, mais do que em qualquer outro evento do género, foi só tensões entre gente que sabe dos podres uns dos outros, num jornal + rádio pessimamente vendido, agora ao serviço das empresas mais comprometedoras do orçamento regional que, para além de comprar ridiculamente barato, transferiram empregados indesejados para o Governo Regional. O JM quer ser lido e diz que já mostrou o que sabe fazer. Sabe, escolher os seus como homens do ano, qual redacção a lamber os patrões. Pela publicidade vê-se que o Governo paga às empresas proprietárias e estas injectam na novel empresa JM.
Sérgio Marques, arrumado no PSD, compareceu com o justo convite ao artífíce de mais uma brincadeira de "broquilha" com o erário público na Madeira. Ele desenhou esta aparência democrática, a venda por 10.000€ e os encargos todos para o Governo Regional. A despesa com o JM continua suportada pelos contribuintes madeirenses, sempre os mesmos, sempre as mesmas empresas que são de sucesso macabro. Houve discursos, cada um a fugir aos pingos da chuva para parecer justo, sério, coerente e democrático. Que filme!
Hoje, também com sorrisos amarelos, poderá ser inaugurada uma nova era de sorrisos amarelos quando aqueles que inquinam e sonham com um PS Madeira saco de pulgas, observem uma solução que estremeça a ideia de que na hora da verdade os eleitores votam sempre PSD, porque não há outra solução. Ou seja, os partidos já lidam com o "mais péssimo que eu" para justificar ao eleitorado a escolha em si. Entretanto, um novo fenómeno irá surgir se uma solução credível ganha hoje, a transferência de quadros marginalizados do PSD Madeira que deixarão o partido num ataque de nervos. Os resultados eleitorais determinam que há muitos social democratas que não votam PSD-M, estão desligados e avessos à continuidade de um PSD-M cada vez mais incompetente, que arruma assalariados enquanto centro de emprego e não de governação. Acham e têm razão sóbria, de que o PSD-M deixou de pensar na sociedade madeirense para pensar que o poder está quase no fim e que é preciso garantir tudo agora para uma penosa oposição.