As modas: sedução de perna curta


Lúcifer: - leiam o texto não se fiquem pelas pernas, quem faz isso vai para o Inferno, estou cá para isso, "venhem mês crides". Podem uivar, self made it's not available. Vocês sabem bem o que digo, o mesmo que Octávio o malvado.

Está na moda correr e escrever. Se correr, mesmo que para dar nas vistas, cair em graça e se enrolar com o poder seja já uma desvirtuação de algo saudável, não se pode, sabendo da intenção de alguns, não o julgar como positivo, até porque desintoxica das drogas ingeridas. O sangue a circular pelo corpo recolhe a maldade e expele. Para mim Diabo isto é um fenómeno muito triste. Já no escrever tem muito que se diga, e vejo potencial! Os podres, munidos da sua esperteza, descobriram que ali está uma forma de se promover. Uns só escrevem, outros compram as folhas públicas, quem tem dinheiro e o governo não faz confusão. Falemos dos pequenos de espírito, conhecem bem como cair em graça, basicamente devem respeitar os seguintes requisitos:
  • Dizer coisas que sob qualquer prisma não leve ao contraditório.
  • Dizer coisas que amolece o coração e afugenta a racionalidade.
  • Fazer-se pessoa de bem dizendo o óbvio de bom senso. Eles sabem como conquistar o povo sendo sujos para vencer.
  • Citando para se tornar porta voz de pensamentos profundos que não tem.
  • Quando confrontados com opiniões contrarias, massacram através de respostas spam de 2000 palavras apenas para vencer pelo aborrecimento.
  • Ter uma trupe de likes e seguidores presos pelo rabo, que não pode dizer mal porque se lixam no trabalho ou porque querem qualquer coisa e "asujeitam-se".
  • Têm uma personalidade tão adaptada que mudam de foto de perfil conforme a moda ou tristeza do momento.
E para quem escreve a maioria dos que pretendem alcançar à força a notoriedade da folha pública? Tão só para si. São mestres da causa própria, que independência, dizem que estão vivos e vão colocando na praça pública o debate que lhes dá jeito para uma aposta futura. Escrevem a "se vir" para preencher o ego e se sentirem superiores, realizados, mesmo que no serviço, na sua actividade profissional, sejam verdadeiras nulidades. Daqui se depreende que a notoriedade não é a capacidade mas, tudo vai atrás do que vê sem saber porquê.

Gostam muito de apelar à emoção barata, maquiavelicamente situada. Uma maioria cai que nem patinho quá-quá duuuuu para dar o like e partilhar. Tornam-se cúmplices, logo, se alguém com dois dedos de testa com respectivo recheio disser algumas verdades logo surge um coro de seguidores, nenhum dos apanhados em flagrante delito pode perder o seu orgulho.

Alguma de alguns escreve coisas belas e é empregada da mãe que a retém em casa sem nada fazer a receber um ordenado de emprego fixo enquanto outros amolam o serrote com o real voluntariado não remunerado. Conhecem bem as frases bonitas ou as acções que são bem vistas pela sociedade, como o voluntariado, mas isso só se aplica aos outros porque no que toca ao seu trabalho terá de ser remunerado pela calada e no valor que entender - os outros que façam o real voluntariado (à borla). Viver sempre dentro de uma bolha de veludo onde tudo é dado, facilitado, desculpado e protegido não é experiência de vida para opinar sobre quem nada tem, nada lhes é oferecido, nunca são desculpados e raramente têm protecção. Estes "anjos" têm tempo para escrever livros, o que basicamente é uma dose maior do que escrever na folha pública, é a chamada flagelação das massas. Flagela pelo subsídio concentrado em si e tempo que tem para escrever e enganar patos. Vai subir que nem foguete. Vamos ter mais uma inutilidade governativa no futuro? Os que por perto conhecem são poucos comparado com a manada que segue e pisa a verdade. Escrever livros e opinar passou a estar na lista de "mamã, eu agora quero isto!"

Os popularuchos de opinião têm uma vida diariamente publicada nas redes sociais com dramas existenciais ou problemas pessoais inexistentes, apenas para caçar likes, não devia ser factor preferencial para a escolha de comentadores. Durante anos os partidos de poder foram criticados pelos seus dirigentes por oferecerem prateleiras de veludo aos filhinhos para ganharem muito sem fazer nenhum, eis-nos chegados ao tempo em que todos os outros se renderam a esta facilidade. Comprem o livrinho para serem bem vistos.



Fretes aqui não entram, se entrar prefiro o Inferno !