Albuquerque traz o diabo de volta



A recente entrevista de Miguel Albuquerque ao DN Madeira é o assumir da estratégia do Diabo que tantos "bons resultados" trouxe ao PSD de Passos Coelho contra António Costa.

Albuquerque segue aquele que é, no seu entender, o único caminho que pode levar a um resultado positivo para o partido na Madeira. Um plano há muito seguido pelos seus lacaios nas redes sociais  com o objectivo de criar o medo, a desconfiança e acima de tudo cortar qualquer esperança que existe vida além do PSD.

Não deixa de ser curioso ver o PSD usar novamente uma estratégia que já falhou com este mesmo primeiro ministro, mas deixa andar. Mas o medo é uma ferramenta muito usada por quem não tem mais nada para dizer (recomendo a leitura do artigo do Luís Vai Disto).

Albuquerque deixa isso muito claro quando diz que a Madeira sem o PSD a governar cairá na desgraça! Até quase deixa transparecer que chegará o apocalipse se o PSD não tiver o poder.

Ridículo!

Albuquerque vive no mundo desenhado pela agência de comunicação que contratou e passou a acreditar na mentira que era destinada os eleitores. Albuquerque tornou-se numa figura sem poder e onde quem realmente manda é o vice-presidente marioneta dos interesses e do status quo laranja. Isso não irá mudar!

Albuquerque assume que num próximo governo, nada irá mesmo mudar. Teremos o mesmo vice-presidente disponível para distribuir privilégios para os mesmos de sempre, e a continuar o trabalho de manter os grandes interesses bem descansados.

Albuquerque aponta o dedo a Cafôfo que saiu da CMF para ser candidato, mas logo a seguir assume que não vai assumir o lugar de deputado pela Madeira na Assembleia da República. Isto torna-o diferente ou pior para o eleitor que quer eleger representantes na Assembleia Nacional. É para meter mais um incompetente para fraudes na morada fiscal no seu lugar?

Cafôfo é culpado de tudo, Albuquerque não tem culpa de nada!

A saúde que tantas queixas gera na população afinal foi uma coisa inventada, e as listas de espera na saúde são "dinâmicas"  (deve significar que baixam quando alguém morre).

Albuquerque não se incomoda com a sombra de João Jardim, porque já assumiu que está no poder apenas para fazer um papel. Não governa, não decide e nem aparece nos cartazes de campanha.

Albuquerque tornou-se naquelas figuras de reality show que depois de acabar o programa vivem das presenças que fazem em eventos. Inaugurar uma parede, lançar a primeira pedra de uma retrete e assinar de cruz qualquer obra que meta betão ou alcatrão mesmo que seja pela Laurissilva dentro.

A renovação de Albuquerque virou-se contra ele de uma forma que ninguém contava: elevou o novo líder a uma jarra de exposição.


“O progresso acontece quando líderes corajosos e hábeis agarram a oportunidade para mudar as coisas para melhor.”

Harry Truman