Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 31 de Maio de 2019 15:48
Texto enviados pelo autor. Título e ilustração CM.
Na Região, pelo menos um efeito existiu depois da derrota do PS nas Europeias. Há agora um aumento considerável no número de pedidos de licenças sem vencimento por parte de autarcas do PS que querem deixar de o ser.
Paulo Cafôfo, derrotado na noite de 26 de Maio, assim como o Presidente do PS-Madeira, Emanuel Câmara, já anunciaram a sua saída. No primeiro caso, é uma renúncia ao mandato e no segundo apenas suspensão. O primeiro disse que iria solicitar uma licença sem vencimento à Secretaria da Educação, adiando desta forma o seu regresso à Escola do Campanário, onde tem vínculo laboral, e ao trabalho de professor que dizia ser sua vocação e tanto honrar, mas para onde não quer, para já, voltar. (estepilha que isto rimou!)
Jorge Carvalho, Secretário da Educação, já garantiu que o tratamento dado a Cafôfo será idêntico ao de outros pedidos da mesma natureza. Os professores estão atentos e alguns podem vir mesmo a seguir o exemplo. Mas, fica para já outra importante pergunta: nos próximos meses quem lhe pagará o salário? Será que fez uma pequena poupança para este período de pré-campanha? (AHAHAHAHAH) Ou será o PS-Madeira a suportar os custos desta licença sem vencimento?
Dizem, alguns socialistas críticos desta liderança bicéfala, que esta licença está anexa a um cargo como assessor parlamentar na Assembleia Regional. As más línguas dizem que o dinheirinho virá do saco azul … Se Paulo Cafôfo é o caso mais mediático, justificando que se vai dedicar em exclusivo à campanha para as Eleições Regionais de 22 setembro, logo outro surgiu de imediato e seguindo o exemplo dado pelo Chefe. Trata-se do edil do Porto Moniz e líder do PS-Madeira,(AHAHAHAHAHAH) Emanuel Câmara, conhecido por “arroz de lapas”, dado já como número dois nas listas para as Regionais, que também disse que suspende o mandato para entrar na corrida à Assembleia Legislativa Regional. A “lebre do Norte”, nome pelo qual é vulgarmente conhecido Emanuel Câmara, também já quer entrar na corrida, mas será que desta vez ganha? No entanto, o primeiro a pedir licença sem vencimento foi outro candidato às Regionais deste ano.
É o ex-deputado da Assembleia da República que ficou famoso por se ter apropriado dos abonos das deslocações aéreas entre Lisboa e a Madeira, o mesmo que disse que iria proceder à devolução da totalidade do valor do subsídio de mobilidade a instituições sociais da Região, mas apenas fez uma doação de cinco mil euros a uma associação etnográfica que integrava, como vogal. Aquele que renunciou ao cargo a ver se ficava bem na fotografia? Ainda não sabe quem é? Refresco-lhe a memória. Sabe aquele deputado que renunciou ao cargo e que afirmou num debate "Nem todos se movem por ganância"? Hmmmm, já sabe? Esse mesmo, Paulino Ascenção. Paulino Ascensão, o atual coordenador do BE foi mesmo o primeiro a pedir uma licença sem vencimento para trabalhar a tempo inteiro para as eleições Regionais. Acordou com a CMF, antes de Paulo Cafôfo sair uma licença que lhe permite agora dedicar-se a tempo inteiro à política, ao mesmo tempo que o BE lhe paga um salário muito acima da média para um qualquer madeirense.
Curioso é que a CMF dispensou um quadro técnico superior de uma área importante, quando agora carece de um substituto para o lugar deixado vazio. Será que algo mais foi negociado entre Cafôfo e Paulino Ascensão? Uma geringonça na Assembleia Regional à semelhança da que existe em Lisboa?
P.S. Lúcifer mê cride. Ainda irei converte-te ao reino dos céus…
Anjo Gabriel