O "zero" na política.




Enviado por Denúncia Anónima 
Sexta-feira, 17 de Agosto de 2018 00:06 
Texto e título enviados pelo autor. Ilustração colocada pelo CM


O “zero” está associado a uma das maiores invenções da humanidade, foi um paradoxo a quantificação e a representação do nada, e só ocorreu em três povos: os babilónios, os maias e hindus, e agora na RAM!!!!

Portanto na política, quando se associa o “zero” às políticas cumpridas, também, não significa que o “zero” seja algo de negativo ou inexistente, mas é muito útil como forma de se representar o incumprimento. 

Isto a propósito de na última campanha eleitoral algumas candidaturas, terem dado um ênfase, ao “zero”, que foi erradamente interiorizada pela população como algo de muito positivo, e que inclusive possibilitou a conquista do município do Funchal com “maioria absoluta”, ou seja “zero oposições”, como alguém disse, “ufa”…uma, lufada de ar fresco, numa governação agora “sem zeros”. Mas esse “zero” , assim visto, em democracia, onde a oposição é anulada, nem relativa é, torna-a de “menos valor”; é fácil ser “zero absoluto”.

Em quatro anos falou-se até à exaustão no “amianto zero”; nas “barreiras arquitectónicas zero”; na divida a caminho do “zero” á esquerda; nos “zero” sem abrigo, nos animais errantes quase “zero”, no matadouro a contribuir para o “desemprego zero”, na habitação social para “zero lista”, numa cidade “zero lixo”, para as “esplanadas zero barreiras”, para os noctívagos “zero ruído”.

Mas “zeros” ainda dá para muita coisa, se atentos estivessem os funchalenses a “mudança foi zero”, algo de novo mudou na cidade do Funchal?

Sim a caminho do “zero árvores”.

Mas “zeros” na governação da cidade, é um “ror”, são um “zero” monumental em rede social, capacidade de mudar e refundar o modelo de apoio à habitação social, é “zero”; é vazio, zerinho, na capacidade de controlar e monitorizar a subsidiodependência de IPSS, as quais agradecidas, acolhem os “subsídios de interesse municipal”, como a “bula”, recompensadora; são mais que “zeros em equidade”. Imaginem esta gente a governar a RAM. 

Mas “zero” deu maioria absoluta, não é nulidade total, porque o povo que vota deu valor; aos zero de cumprimos e “continuamos a falar…fazendo que trabalhamos”, melhor farão o mesmo se eleitos em 2019, pois os DDT, pelos bastidores já apostam e alimentam o “segundo cavalo, e no jokey rosa”, qual troiano, parte à conquista do poder. Em 2019 isto vai ser uma festa.

Pior que ser zero, é se constatar, “zero humildade”.