Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 11 de Setembro de 2018 21:34
Texto, título enviados pelo autor. Ilustração CM.
Já alguns anos que trabalho na função pública e por mais que os anos passem, nunca me habituo ao funcionamento deste submundo.
Para ser bom funcionário público há que preencher determinados requisitos, que vão contra os principais modelos e orientações do mundo trabalho. Até entidades com competências em matéria laboral e conciliação laboral, são exemplos diários do que não deveria acontecer no trabalho.
A valorização do trabalho e do trabalhador faz-se por cunhas, por lamber as botas, por concordar sempre com a chefia, embora não tendo razão, por um comportamento bipolar e acima de tudo por prestar vassalagem e não se respeitar a si próprio e muito menos aos outros e, com a vantagem de entrar às 17:30 e sair às 18:00, pois durante o dia estão ocupadíssimos nas suas atividades pessoais.
O trabalhador que trabalha, que pensa, que inova, que raciocina, que se dedica às suas reais funções, mas que tem a infeliz sorte de não ser exibicionista e que mantém os verdadeiros valores pessoais, nunca é reconhecido.
O trabalhador que trabalha, que pensa, que inova, que raciocina, que se dedica às suas reais funções, mas que tem a infeliz sorte de não ser exibicionista e que mantém os verdadeiros valores pessoais, nunca é reconhecido.
Por mais que se promova a regulamentação do trabalho e o trabalho digno, mas não sejamos capazes de passar das palavras para as ações e não sejamos capazes de uma forma honesta e neutra valorizar quem realmente trabalha, a função pública nunca deixará de ser o mundo do job for the boys and girls.
É lamentável e repugnante a ditadura que exercem sobre os mais fracos, mas sempre sorridentes e apregoadores da boa nova para o exterior.
Apesar de tudo, continuo a acreditar QUE MAIS VALE SER DO QUE PARECER