Pedido de publicação do Dr. Rafael Macedo
Domingo, 23 de Setembro de 2018 22:35
Texto do autor. Título, ilustração e comentário final do CM
Bem... os nervos andam à flor da pele de muita gente:
Ponto 1: eu não difamo ninguém;
Ponto 2: eu não fiz o artigo último publicado no CM onde constam nomes de profissionais (colegas), embora concorde com muito do que lá está explanado; eu não uso nomes de forma fortuita nem tenho nada pessoal contra ninguém dessas pessoas inscritas. Reforço: eu não escrevi aquilo.
Ponto 3: como já foi referido por mim, um processo disciplinar implicava que tivesse cometido algum dolo ou negligência perante um utente (não sou imune a isso) ou tivesse a lesar a minha instituição de trabalho; como é sabido eu defendo tudo o que está na lei; promovo a integridade da instituição, o que é diferente de permitir a gestão ou direção danosa; logicamente se existem manobras que destroem o normal funcionamento da instituição pública onde trabalho terão de ser denunciadas; por isso, sou, enquanto funcionário público, obrigado a denuncia-las. Já o fiz no MP e foi arquivado, apesar de todas as provas documentais flagrantes apresentadas. Não me foi enviada a justificação para esse arquivamento.
Ponto 4: sempre fui promotor para a vinda de um(a) colega para cá. O último concurso ficou deserto (a meu ver) porque não fui informado de nada apesar de ter sido membro do júri. A prestação de serviços impede que outro colega da área seja nomeado para a instalação (para gerir a coisa).
Ponto 5: o suporte informático do serviço público de saúde foi construído internamente. Isso pode ser permeável à manipulação de dados embora confie totalmente nas pessoas, até prova o contrário.
Ponto 6: profissionais com medo de represálias e outros que têm o dito preso, têm receio em cumprir o dever que têm enquanto funcionários públicos, que é denunciar irregularidades.
Ponto 7: a instalação de Medicina Nuclear não pode ser cedida para exploração privada até Julho de 2022 graças à intervenção do OLAF.
Ponto 8: havendo a possibilidade de ceder a instalação pública de Medicina Nuclear à exploração privada à custa de dinheiros públicos (preços fortemente inflacionados) seria uma porta aberta para ceder os demais serviços hospitalares à exploração privada; isto representaria a destruição do serviço público de saúde e colocar os amigos a enriquecerem nas instalações públicas onde seria pago o serviço privado à custa do dinheiro público; não é isto que irá suceder no Hospital Privado da Madeira? A gestão danosa de dinheiros públicos é crime.
Ponto 9: o grande interesse disto tudo seria começar o processo privatização público pelo elo mais fraco (eu); mas não foi possível; parece que se enganaram.
Ponto 10: aquele último artigo sobre a Saúde publicado no CM transparece o muito mau do que realmente se passa. Contudo, a referência àqueles nomes poderá surgir na sequência de alguns conflitos internos que não passam por mim. Nunca tive qualquer conflito com as pessoas envolvidas nesse artigo. No entanto, porventura, pode ser útil para muita gente que eu esteja associado ao mesmo.
Obrigado.
Consideramos suficientemente claro que o artigo "Saúde negligente e corrupta", foi narrado por um familiar que viu falecer uma pessoa muito querida como consequência de duas negligências médicas, sucessivas, nos serviços de saúde regionais, primeiro no Hospital Nélio Mendonça e depois nos Marmeleiros e que tirou a limpo o sucedido. A informação mais importante não será publicada e seguirá para organismo independente.
A Saúde Regional dá-se conta da quantidade de utentes com que lida e que encaram os problemas reais em centros de saúde e hospitais? Como vai esconder o sol com a peneira? Com beberetes?
Pelo escrito do Dr. Rafael Macedo, parece que sofreu por dedução e logo condenação, num acto célere que não se vê este Governo Regional praticar para melhorar o estado da Saúde na Região. Para esconder e amedrontar é eficaz.
Reclamar é algo mal visto e tratado por este Governo Regional que desde logo refuta, culpa outros e nunca mete mãos para melhorar as razões da reclamação. Esta aliás, torna-se um instrumento de perseguição, desejam mais saber quem do que o quê. Os serviços são maus porque estão politizados. Não querem saber do que funciona mal porque a estrutura dirigente é naturalmente protegida do sistema e esses casos são inconvenientes para um "são convívio".
Ainda assim, muito para além do sigilo profissional, os "casos" devem ser denunciados e nada têm a ver com deontologia. Silêncio em "crime" é cumplicidade. Saber e ocultar não é obrigação do Funcionário Público quando lesa o erário e a saúde pública.
Nada que nos surpreenda, basta ver dois dos nossos slogans, "a verdade sem olhar a quem" e "acabamos com os mensageiros agora passam só as mensagens". Vamos continuar a dar voz ao povo, o Governo Regional que trate de governar e resolver, é a melhor forma de não ser visado.